O Enforcado

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Capítulo +18 - Dimaury (Eu não AGUENTAVA MAIS os dois personagens falando na minha cabeça sobre isso!) - Se não gosta, pula! 

Sextamos, sextinhas (as surtadas pelas sextas)!

Leitoras, amores, obrigada do fundo do meu coração pelo apoio e carinho que recebo de vocês. Salvam minha vida todo dia, de verdade! Me falta palavras pra expressar minha gratidão e meu amor pela escrita e pela energia que sinto de quem acompanha a história 

A música do nosso capítulo é 

Recaída Certa - Clayton e Romário (vai começar somente no meio) 

Está disponível na playlist Simples no Spotify

Vamos sustentar uma recaída certa? 

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 Diego observava tudo á sua volta com atenção. A ida da praia até o bairro onde Amaury morava foi um pouco demorada, mas prazerosa dentro do carro. Não trocaram muitas palavras, sentindo o cansaço embalar os corpos frios do vento da praia, os deixando agradecer mentalmente pela proteção que tinham agora no carro e principalmente, pela onda de calor que seus corpos compartilhavam quando se tocavam minimamente, um ao lado do outro

Ali, olhando bem para a concentração do moreno, o ruivo pôde perceber detalhes antes despercebidos. Observou as pintinhas no rosto e peito do outro, visíveis pelos primeiros botões da camisa aberta, uma mania adquirida de Ramiro. Observou a barba já começando a se fechar, um pouco mais crescida desde quando se viram em Nova Primavera. Percebeu os cílios alongados e tão combinados com os olhinhos escuros e profundos de Amaury.

Olhar aqueles olhos, com certeza seria olhar a alma do mundo!

Achou que Amaury não percebia sua observação, focado no trânsito á frente, apenas querendo chegar em casa. Mas na verdade, o mais alto percebia tudo á sua volta, principalmente o olhar fixo e diria até besta de Diego em cima de si

Sorria internamente, não por estar cumprindo o que deveria ter acontecido desde que chegaram do aeroporto. Mas porque dessa vez, Diego estava quebrado porém ativo. E isso demonstrava para si, além de orgulho do pequeno, uma possibilidade de acreditar que Diego tinha forças o suficiente para seguir a vida. Se seria ao lado dele ou não, ele ainda não sabia. Ele nem podia exigir isso. Mas lá no fundo do seu coração, junto ao desejo de que o ruivo se curasse dessa dependência, e Amaury mesmo se curasse da sua falta de aceitação pelo que merecia, que juntos, pudessem se apoiar através do amor

Amor esse que ele já admitia para si mesmo. E que Diego, após a montanha russa de emoções daquele dia, agradecia internamente por também sentir de forma clara em seu coração

Estacionou na garagem de pilastras brancas, num condomínio bem diferente do qual Diego morava com Vitor. Mas ao subir pelo elevador trocando um olhar suave com Amaury, tão sem palavras para expressar o que sentiam e ao mesmo tempo, cheio de certezas, pela primeira vez em semanas, se sentiu em casa.

O cheiro do moreno estava presente em todo canto daquele apartamento pequeno com dois quartos, banheiro, sala de estar e jantar conjugada, área de serviço e cozinha. O mesmo cheiro de paz que o ruivo sentiu quando acordou naquela madrugada chuvosa nos braços do maior e não pôde resistir ao seu corpo gritando por Amaury

A diferença daquela noite para essa, é que Diego antes precisava se sentir vivo. Agora, queria sentir Amaury vivo junto consigo!

- Você comeu alguma coisa? - A voz rouca de Amaury atrás de si, abafada pelo apartamento pequeno e fechado ecoou pelos ouvidos e retumbou arrepiando seu corpo

Complicado - Dimaury/KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora