Oito de Espadas

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Sexta na terça, temos também! 

A verdade, é que separo as terças para escrever tudo o que preciso para a semana, mas não aguento segurar o capítulo! ( e nem escrever somente na terça como deveria) 

Esse capítulo é sobre a mudança do Diego, estou orgulhosa dele! 

Estou meio chateada, nem sei dizer com o quê. Quase todos os dias sinto vontade de excluir minha conta, as história  e sumir. O pior é que eu amo escrever, amo essa história, a Simples foi a melhor escrita da minha vida e to animada demais com Naufrágio. Não entendo essa vontade, então. Mas provavelmente seja apenas o inferno astral me fazendo duvidar de mim mesma ou me sentir odiada, como sempre. É só um desabafo! 

As músicas do capítulo são: 

Enquanto Houver Sol - Titãs 

Anunciação - Alceu Valença (TE AMO ALCEU) 

Estão disponíveis na playlist Simples no Spotify 

Vamos sustentar um recomeço?

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 Um silêncio ensurdecedor ocupava o carro naquela manhã de sábado. A cidade já acordada mas com menos movimento do que geralmente tinha nos dias de semana, ficavam ali dentro apenas o som das leves respirações e da música suave que tocava no rádio enquanto Amaury dirigia para até a Barra, novo endereço de Diego, onde o mesmo dividiria apartamento com Thati Lopes.

"Quando não houver saída

Quando não houver mais solução

Ainda há de haver saída

Nenhuma ideia vale uma vida [...]"

Do contrário do que se pode pensar, aquele silêncio não era porque ambos estavam mal pela mudança. Claro que haveria saudades, que o baixinho já estava um pouco acostumado em dormir enrolado no corpo moreno todo dia, assim como quase compartilhar uma vida de casal: colocar a mesa enquanto um cozinha, buscar a toalha e esgueirar-se junto no banho, regar as plantinhas da sacada quando Amaury esquecia...

Mas eles não eram de fato, um casal. E o menor sabia que se quisesse que fossem um dia, aquela etapa de ir morar sozinho e conquistar sua liberdade emocional era muito importante. Não iria mais se afogar por sede.

O moreno também não culpava ou se entristecia com o ruivo em sair de seu apartamento para dividi-lo com a colega de elenco. Tinha consciência do que Diego queria com aquele passo importante, e estava feliz e com o coração em paz por vê-lo com o desejo de se cuidar, de se curar. Sua alma ainda se remexia como numa convulsão ao lembrar das declarações do menor na sua cama, assim como nunca sairia da sua cabeça o cheiro doce que aquela pele tinha e que o levava ao delírio só de dormir ao seu lado

Não teve uma noite sequer, na privação daquelas quatro paredes, em que os nomes um do outro não tenham sido sussurradas enquanto seus corpos gritavam por si juntos. Parecia ser o único certo possível: juntos.

"Quando não houver esperança

Quando não restar nem ilusão

Ainda há de haver esperança

Em cada um de nós algo de uma criança [...]"

E pelo ruivo, ele teria toda a paciência do mundo perante ao progresso que o mesmo fazia por si.

- Chegamos – Com o estacionamento liberado, o moreno parava o carro numa das vagas do apartamento, pegando nas mãos de Diego que se encontrava um tanto absorto – Tô orgulhoso de você, vem!

Complicado - Dimaury/KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora