Nove de Ouros

696 54 210
                                    

Finalmente, sextamos numa sexta! 

Tô tão envolvida com Complicado, pela complexidade dos sentimentos dos personagens e por alguns deles estarem segurando o fio da minha vida, que tenho demorado para escrever os capítulos. Talvez porque restam quatro ou cinco para o fim, e eu já tô de luto. 

Simples precisa acabar, enfim. 

Tô me dedicando á outros projetos novos surgindo, todos eles envolvidos com a escrita. Vocês vão ver muita história minha, tanto de Kelmiro/Dimaury, quanto com personagens originais. 

Só preciso colocar a cabeça no lugar. Me permitir sentir e principalmente falar tudo o que tem me deixado mal. Falta menos de uma semana para meu aniversário, e eu sei que não é só inferno astral. Tenho adiado de sentir o luto da partida repentina da minha mãe adotiva que faleceu dias depois do meu aniversário no ano passado, e eu acho que essa dor que ando sentindo, é de falta. Sinto solidão, e não sei acabar com ela. Sei que pra ir embora, ela precisa ser vivenciada, por isso, estou me preparando para encarar o que ando fugindo. 

"Perdoa Eu" por as fazer de diário. 

Há muito de Ramiro de TEP dentro de mim. 

A música do capítulo é 

A Amizade - Fundo de Quintal (Te dedico, Bárbara! Minha melhor amiga de infância que lê as histórias daqui como um fantasma, Feliz Aniversário!) 

Está disponível em nossa playlist Simples no Spotify 

Vamos sustentar o valor da amizade? 

__________________________________________________________________________

 Assustados, mudos, envergonhados, o ruivo e o moreno apenas procuravam suas camisas jogadas num canto só sofá para se vestirem, ainda escolhendo palavras para se explicarem.

Thati os olhava como uma mãe pegando os filhos fazendo arte, mas não escondia o sorriso sapeca por ter confirmado algo que já suspeitava pelo tanto que via Diego recebendo caronas de Amaury. Viu quando o moreno, coçando atrás da cabeça como um gesto para se desculpar, abriu a boca e foi cortado pelo menor

- Maury, cê deixa a gente sozinhos pra conversar? - Olhou em seus olhos, pedindo cumplicidade. Diego queria ter uma conversa séria com a colega e nova amiga, revelando com sinceridades suas dores apenas vistas por Amaury e Kelvin

- Eu vou... Me liga depois? - Levantou, ajeitando a calça apertada com a dureza que mesmo após o susto ainda se mantia literalmente de pé

- Ligo – Levantou, desviando do volume evidente que o outro tinha e o acompanhando até a porta, passando ao lado da morena e depositando um beijo sutil no cantinho da boca carnuda do mais alto

- Tchau Thati! - O espírito de vereador do moreno falou mais alto diante da vergonha de ter sido pego no flagra, exigindo no mínimo, cordialidade com quem tinha empatado a foda dos dois no sofá

- Opa, tá sempre convidado! - A mulher sorriu, se virando para o loiro que se escorou na porta assim que a fechou – AAAAAAAAAAAAAAAAH

Thati gritava histérica como uma garotinha que conhece o ídolo. Era quase isso, tendo certeza agora que os apertõezinhos de Kelvin e Ramiro se estendiam para Diego e Ramiro

- Vocês tão se pegando! Desde quando? - Puxou o ruivo pelo braço, o jogando no sofá e sentando sem cerimônia, mesmo com o revestimento ainda quente dos corpos

Diego temia que por aquele deslize, seu envolvimento com Amaury fosse reduzido á uma atitude antiprofissional como colegas de trabalho, por isso precisava se esforçar para explicar tudo antes que a amiga criasse teorias erradas. Não era apenas tesão de cena, e nunca se envolveram enquanto estavam no trabalho.

Complicado - Dimaury/KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora