CAPÍTULO 42 | As armadilhas do amor

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"Sim, a razão da minha vida
É viver
Lindamente, dentro da minha menina
Com paixão, amor, de uma maneira especial"

(Wonderland - Perséfone)


— Nem acredito que finalmente te tenho como nora! — Lisa me abraça firmemente.

— Pode comemorar.... — sorrio com sua empolgação.

— Eu só não esperava que seria do Thomas.... — completa erguendo as sobrancelhas.

— Acredite, nem eu esperava. — dou de ombros e ela sorri. — O engraçado é que agora parece tão certo.... não consigo me lembrar de como era não gostar dele.

— Ah, as armadilhas do amor.... — minha sogra suspira com emoção.

Minha sogra...... que loucura.

— Chega até ser bizarro como as coisas mudaram em tão pouco tempo.

— Eu sabia que tinha coisa aí desde a casa de campo! — Lisa aponta seu dedo acusatório pra mim e solto uma risadinha.

— Jura?

— Foi naquele almoço em que você esbarrou no garçom. — cita e sinto vergonha só de lembrar — Quando toda a confusão aconteceu estranhei a reação do Thomas, mas foquei em ajudar e você. Então quando voltamos a mesa e ele se prontificou pra te levar em casa... foi como se uma luz ligasse em minha mente! Era pouco provável, mas tinha uma pequena chance de ser real.

Com suas palavras me recordo da expressão de Thomas ao me tocar naquele momento, eu estava tão absorta com a vergonha e a situação com Júlia que fui notar muito depois sua reação.

— Lembro que também fiquei surpresa com a ajuda dele. Quando vi o quanto podia ser gentil, não sei..... ele meio que me deixou sem saída. No bom sentido! — sorrio e Lisa retribui.

— E tudo partiu dele? — ela pergunta.

— A senhora não faz ideia, tia Lisa. Achei que Thomas era o último homem do mundo que admitiria gostar de alguém assim, mas ele teve coragem de me dizer antes mesmo que eu desse qualquer indício de reciprocidade.

— Foi na casa de campo?

— Não exatamente...... acontece que ele me beijou na nossa última noite lá. — conto um pouco sem graça. — Só que ele não tinha me dito nada ainda, e eu fiquei muito confusa. Nós tínhamos sim nos aproximado, mas não a esse ponto.

— Por isso vocês estavam tão estranhos na volta pra casa! — lembra com uma risadinha e os olhos brilhando ao me ouvir.

— Foi. — dou risada —  Ainda estava me acostumando com a nossa quase amizade, e eu gostava dela. Sempre quis isso. Então ele me pegou de surpresa. Depois disso me chamou pra um encontro de verdade, só nós dois. Foi quando disse o que sentia por mim.

— Eu tenho um filho romântico e nem sabia disso. — Lisa alega e rimos. — Você o retribuiu nessa mesma noite?

— Que nada! É claro que eu fiquei mexida, mas ainda estava muito confusa com tudo. Thomas chegou a fazer um piquenique pra mim no processo de me conquistar. — conto orgulhosa.

— Um piquenique? Esse garoto só me surpreende!

— Pois é, seu filho me saiu melhor que encomenda, não tinha como não gostar dele também. — dou de ombros e ela ri.

— Quando foi que teve certeza de que queria ficar com ele?

— Não sei..... em todo esse tempo que voltou da Inglaterra, parece que eu estava conhecendo uma nova versão do Thomas Thompson. Uma que eu não fazia ideia de que existia. Achava que ainda tinha dúvidas, mas quando meu aniversário chegou e só conseguia pensar em ver ele, e saber como agiria me dando parabéns, eu já estava totalmente perdida. E o presente dele...... acho que foi a confirmação de que era certo.

ANOTHER LOVE - Henry Cavill Onde histórias criam vida. Descubra agora