CAPÍTULO 3| A verdade pode ser cruel

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"Oh, casa, me deixe ir para casa
Casa é sempre que eu estou com você
Oh, casa, me deixe ir para casa
Casa é qualquer lugar que eu esteja com você"

(Home - Edward Sharpe & The Magnetic Zeros)




Me despeço dos meus pais e encontro Nicholas me esperando na porta.

— Está se mudando pra onde, moça? — provoca olhando minha mala.

— Não seja idiota! Gosto de estar bem preparada. — o engraçadinho ri e leva minhas coisas para o porta malas.

Nicholas abre a porta do carro pra mim e imediatamente vejo Thomas no lado da janela, percebo que vou ter que ficar no meio, e apesar do carro ser espaçoso, quase praguejo por ter que passar quase duas horas ao lado dele.

— Oi gente, obrigada mesmo pelo convite! — comprimento os Thompson.

— Imagina, você é da família. — Lisa olha pra trás em minha direção e eu sorrio em resposta.

— Todo mundo pronto, né? Vamos logo que assim não pegamos a noite. — Joseph inicia a viagem.

                                      •••

Chegamos a casa de campo, e reconheço que estava com saudades desse lugar. É grande, lindo e aconchegante. O contato com a natureza é incrível.

Logo nos acomodamos em nossos quartos e Nicholas me fala para tomar um banho e se arrumar porque vamos sair.

Penso que talvez o destino não tenha que fazer tudo sozinho e essa seja a noite perfeita para pelo menos dar indícios de meus sentimentos por ele.

Ao sair do banheiro coloco um vestido branco, já que a noite está fresca, uma sandália e faço um penteado simples no cabelo, apenas duas mechas presas com o resto todo solto.

Desço pro segundo andar e Nicholas está me esperando.

— Estou pronta. Vamos?
— Vamos baixinha, aliás, eu tenho que te contar uma coisa. — ele diz misterioso e sorri olhando pra mim. Meu coração não consegue evitar dar pulos dentro do peito. — Mas vamos logo.

Saímos em direção ao carro e me surpreendo quando vejo Thomas no volante, afinal ele raramente sai em passeios nossos, só quando sua mãe o obriga, mas dessa vez ela nem está aqui.

Nic abre a porta traseira pra mim e eu entro, enquanto o mesmo vai na frente com o irmão.

                                       •••

Nicholas que indicou o bar karaokê que viemos, fica localizado no pequeno centro da cidade e está parcialmente cheio. Thomas desde o carro já deixou bem claro que não iria cantar e dessa vez não o julgo, sou tímida demais pra tal ato também.

Nos sentamos em uma mesa com boa visão para o mini palco e fazemos nossos pedidos. Apesar de pequeno o lugar é bem animado e divertido, talvez por ser frequentado por pessoas simples da cidade, gosto disso.

Por um momento penso o quanto é estranho sair só com os gêmeos, e fico desanimada por ter pensado que seria uma noite a dois.

ANOTHER LOVE - Henry Cavill Onde histórias criam vida. Descubra agora