Após 2 anos longe de sua paixão platônica, Davina está pronta para dizer a verdade ao seu melhor amigo, que para o seu azar sempre a viu como uma irmã mais nova. Lidar com a rejeição não é fácil, mas tudo pode ficar ainda mais confuso quando o irmão...
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"Tão estranho, nós estamos Vivos nesses mesmos dias, nesses mesmos anos Mesmo plano, hora exata Você me ama e eu te amo Alinhamento Milenar Você não acha?"
(Alinhamento Milenar - Jão)
— Minha mãe quer reunir a todos na casa de campo esse feriado. — comenta o Thomas, e percebo sua clara falta de animação com a ideia.
— Você parece tão feliz com essa informação! — ironizo passando a mão em sua barba, enquanto estamos sentados confortavelmente no sofá. Mais trocando beijos do que assistindo qualquer coisa.
Ele me oferece um sorriso forçado, tirando uma pequena risada de mim.
— Qual é o problema?
— Por que iria querer ficar naquela casa cheia de gente se podemos ficar sozinhos nesse apartamento? — questiona abafado, deixando um beijo em meu pescoço.
— Porque você tem que socializar com a sua família, não pode dar todo seu tempo livre pra mim.... — afirmo, ainda rindo com os seus beijos.
— Socializei com eles a vida inteira, já não é o suficiente?! — faz uma careta engraçada.
— Olha só, vamos voltar aonde tudo começou! Não pensou nisso? — sorrio tentando lhe animar.
— Até pensei, mas não acho que queira se lembrar realmente de como tudo começou.
Levo alguns segundos para compreender a que Thomas se refere, é claro...... a noite fatídica.
— Não tinha pensado nessa parte.... — digo um pouco hesitante, mas tenho que agradecer por esse episódio não ter me atormentado por muito tempo.
— Não falamos mais sobre isso, como você ficou afinal? — franze as sobrancelhas numa expressão preocupada.
— Bem, eu acho. Quer dizer, foi horrível..... mas poderia ter sido pior, né? Nem todas as mulheres tiveram ou terão a mesma sorte que eu. — divago, e é angustiante pensar nisso.
— Certo, mas não quer dizer que não tem o direito de se sentir mal mesmo assim. — evidencia, acariciando meu rosto.
— Eu sei, obrigada. — sorrio, agradecida pelo seu apoio. — Esquecendo essa parte, não podemos deixar de lado que foi na casa de campo que tivemos uma conversa civilizada pela primeira vez.
— Várias conversas. — reflete, como quem está com a mente cheia de lembranças.
— Várias conversas. — concordo sorrindo. — Você disse que não planejava me beijar aquela noite, então o que aconteceria? Seria meu amigo?
— Não acredito que essa "amizade" fosse durar muito, mas sim. Depois de tentar te afastar por tanto tempo, quando começamos a conversar não consegui voltar atrás. Decidi permitir que nossas interações acontecessem.
