Após 2 anos longe de sua paixão platônica, Davina está pronta para dizer a verdade ao seu melhor amigo, que para o seu azar sempre a viu como uma irmã mais nova. Lidar com a rejeição não é fácil, mas tudo pode ficar ainda mais confuso quando o irmão...
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"Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo Só sente falta do Sol quando começa a nevar Só sabe que a ama quando a deixa ir Só sabe que estava bem quando se sente mal Só odeia a estrada quando sente saudade de casa Só sabe que a ama quando a deixa ir
Encarando o teto no escuro O mesmo velho sentimento de vazio em seu coração Porque o amor vem devagar e se vai muito rápido"
(Let Her Go - Passenger)
Thomas está me olhando dormir. Eu posso sentir.
Abro meus olhos o encontrando sentado na cama, iluminado pela luz do sol que entra pela sacada do quarto, dando a certeza de um dia bonito e aconchegante.
Ele sorri pra mim. Aproxima sua mão do meu rosto em um carinho reconfortante.
— Eu te amo, Thomas. — é a primeira coisa que digo. Sentindo meu rosto arder em chamas com o seu risinho em resposta.
Ainda acariciando meu rosto, e com uma expressão serena, ele diz:
— Sabe que isso não vai durar, né? — assim que as palavras saem de sua boca, a luz que irradiava o ambiente faz o mesmo, como se uma nuvem negra viesse a cobrir.
Tento dizer algo, mas minha voz não sai. A angústia começa a se infiltrar no meu corpo quando tento alcançá-lo e não consigo. Todos os meus esforços são totalmente em vão.
Um grito.
Desperto assustada levantando rapidamente. No mesmo ambiente, porém com uma luz solar bem mais fraca. Ainda sinto meu coração acelerado, e minha mente fica confusa com as lembranças de um sonho perturbado e sem resposta.
Olho para o lado na cama e vejo que Thomas ainda dorme tranquilamente, o que dificilmente acontece, já que é ele quem sempre acorda primeiro. Mas parece que meu subconsciente escolheu me pregar uma peça essa manhã.
Olho a hora no celular e percebo que ainda é muito cedo, mas sabendo que não irei conseguir voltar a dormir começo a me retirar da cama.
Me viro para o homem deitado nela mais uma vez e me lembro que quebrei o acordo dito por mim, permitindo que fizéssemos amor noite passada.
Mas era inevitável. Claro que fomos o mais silenciosos possível, e acredito que obtivemos sucesso nisso.
Foi ainda mais especial que todas as outras vezes, e repetimos mais uma vez palavras ditas horas antes.
Querendo voltar pra cama e me aconchegar em seus braços fortes outra vez, hesito ao pensar que provavelmente iria acordá-lo. Então tomo preferência em colocar um moletom quente, e depois de ir ao banheiro, sair do quarto.
