ANOTHER LOVE - Henry Cavill

CAPÍTULO 45 | Como um ímã

"Porque quando você sabe, você sabe
E quando você está velho, você está velho
Como Hollywood e eu
Aquele diamante em seu anel
Aquele soul que você traz à mesa
Aquela que me faz cantar
Em um tom menor
Diamante em seu anel
Porque quando você sabe, você sabe
Quando você sabe, você sabe"

Margaret (feat. Bleachers)
Lana Del Rey

POV THOMAS

— Estava esperando você me trazer aqui de novo. — Davina afirma sorridente quando paramos na entrada do restaurante de Miller.

Onde tudo começou. Onde tudo veio a tona. Mesmo tendo 99% de chance que seria só o ponto final de um sentimento, que certamente seria negado.

Não foi o que aconteceu. E se foi sorte, o destino ou até mesmo "planos de Deus", não saberia dizer. Nunca acreditei em nenhum deles, amadureci fazendo minha própria sorte.
Mas seja lá o que foi que trouxe essa mulher pra minha vida, acredito que devo agradecer.

— Tom vai me encher por ter demorado tanto. — resmungo, deixando meus pensamentos de lado e ela ri.

Quando entramos de mãos dadas no ambiente, logo vejo o mesmo ao lado de um cliente, provavelmente jogando conversa fora.
Ele desvia seu olhar pra entrada, se prendendo em nós. Fica surpreso com a nossa chegada, e pede licença ao senhor com quem conversava.

— Não posso acreditar, quem é vivo sempre aparece!! Thompson. — sorri animado, me puxando pra um abraço que retribuo desajeitado com o seu entusiasmo.

— Miller. — quem me conhece sabe que sou de poucas palavras, e Tom tem ciência que só o fato de voltar aqui sempre pra ouvir seus conselhos, já diz muito.

— Agora a moça do sorriso mais bonito que já passou por aqui..... — exclama ao se virar pra Davina que ri do elogio ficando um pouco sem jeito.

— É bom te ver de novo, Tom. — diz e também lhe abraça rapidamente.

— Pelo visto as coisas andam muito bem entre vocês, hein...... — indica nossas mãos dadas. — Quer dizer que quando as coisas ficam boas você some?? — me lança um olhar julgador que eu já esperava.

— Minhas noites andam muito ocupadas. — digo sério e Davina me dá um leve tapa no braço, entendendo muito bem o sentido da frase nada inocente.

— Thomas. — resmunga ficando vermelha.

Tenho vontade de rir, porque ela mesma se entrega. É adorável.

Merda, tenho que parar de ter pensamentos tão melosos.

— As coisas estão boas até demais, então! — Miller insinua, claramente pedindo detalhes que não pretendo dar.

— Está sim. — digo somente, soltando a mão de Davina para lhe abraçar pela cintura.

— Escolheu sua batalha muito bem. — me oferece uma piscada de olho.

— Escolhi, sim. — concordo e a mulher ao meu lado se mostra confusa.

— Por favor, não falem em códigos comigo! — reclama.