Capítulo 11 - As amarras que me prendem

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Eu não sabia dizer que horário era, mas parecia ser mais cedo que o de costume para ela acabar vindo. A Bonnie tinha acabado de abrir a porta me fazendo acordar, eu me sentia meio sonolento por causa disso, provavelmente era muito cedo, e lá estava ela, examinando a porta como se soubesse o que ocorreu na noite anterior.

Ela sabia.

Pensar isso me fez sorrir, nossa, eu fui descoberto, não posso deixar bem na cara, e se ela apenas suspeitar que algo aconteceu? Pare de sorrir! Que droga! Hahahaha.

Prendi o meu riso cobrindo o rosto com o braço me virando um pouco no meu canto de dormir.

— Está rindo, hm? .- Ela estava perto de mim, provavelmente me encarando, não aguentei e comecei a gargalhar.

— Desculpe.- Tentei conter o riso respirando fundo.- ...Bom dia...- Ainda com um grande sorriso estampado na cara olhei para ela, é, eu fui descoberto.

Ela riu junto balançando a cabeça.

— Estou rindo para não chorar. Achei que teria ao menos tentado escapar.

— Ah... Por que eu fugiria?

— Por qual motivo você não fugiria se chegou a tirar a porta do lugar?.- Para conhecer melhor a casa.

— Precisava respirar.

— Respirar?

— Modo de dizer.- Por mais que talvez eu não precisasse realmente respirar, parece que meu corpo o faz automaticamente.- Você gostaria de ficar presa numa caixa por 7 dias?.- Me sentei ainda com meu corpo acordando, bocejei e esfreguei meus olhos.

— Não se exponha a minha família e nem as outras novamente dessa maneira

— Certo.

Ela parece estar tentando de alguma forma me ajudar, e isso é bom. Ela pegou minhas mãos juntando atrás das minhas costas e então... Me algema, sem entender muito bem o que estava acontecendo pisquei algumas vezes.

— Tente quebrar.- Exigiu.

— Tentar quebrar?...- Ainda estava incrédulo, achei que estivesse tentando me ajudar a pouco tempo com o seu alerta, porque tentar me prender ainda mais?

— Isso.

— O que te faz pensar que eu não vou fingir que não consegui?.- Ela deu de ombros

— Se não conseguir, não vou tirá-las de você.- O quê? Se eu não conseguisse de verdade eu também não seria solto?

Maldosa...

Tentei me soltar, movi meus braços tentando alcançar com os meus dedos o outro arco que estava em volta do pulso esquerdo, se eu alcançasse apenas os dedos e pudesse segurar com eles... Me esforcei para alcançar, com dificuldade... Consegui! Assim que segurei puxei para o lado sentindo machucar o pulso esquerdo, eu sabia que não machucaria tanto então continuei exercendo força com os dedos puxando o aro e o torcendo para entortar o metal e romper.

Ouvi o tilintar do metal, consegui!

Com um dos meus pulsos libertos os afastei jogando as mãos para a frente do corpo para exibir a algema quebrada, o meu pulso direito ainda estava preso.

— Não posso dizer que foi fácil.

Ela analisa a algema mas não o tira de meu pulso, arrumando a postura ela se afasta.

— Um bem alimentado recentemente com sangue humano fresco deve fazer um estrago facilmente pelo visto.- Fez o que parecia uma anotação mental.

— Na verdade... - Queria a corrigir, e dizer que na verdade cada vampiro possuía naturalmente alguma peculiaridade, uma habilidade específica, mas isso provavelmente traria problemas para os da minha espécie, especificamente os Sakamakis.

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⏰ Última atualização: Feb 24 ⏰

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