28: Gone.

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"Eu arrumo as minhas malas e vouEsse não parece meu larEscuridão demais para um arco-íris, eu me sinto usadaComo eu devo viver sem você? Eu me recuso, sim

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"Eu arrumo as minhas malas e vou
Esse não parece meu lar
Escuridão demais para um arco-íris, eu me sinto usada
Como eu devo viver sem você? Eu me recuso, sim."

GONE - Rosé.
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3 de Abril de 2023.
Coreia do Sul.

Como foi que chegamos nesse ponto? Eu dediquei meus dias e noites a ele, e onde ele estava agora? No momento em que eu mais precisei, ele simplesmente se sem se despedir ou explicar. Tudo simplesmente parou, mas eu tinha Eun-ji do meu lado.

Acordei primeiro que ela, que parecia exausta. Seus olhos estavam marcados por olheiras profundas, e eu só me perguntava se ela tinha dormido enquanto eu estava internada. Na cabeceira da cama, a carta de Thong Di me olhava.

O sol da manhã penetrava pelas frestas da janela e lentamente davam vida ao quarto, que na tarde anterior tinha sido um campo de batalha para todos os meus sentimentos.

Quanto tempo demoraria até que a minha ficha caísse? Ele realmente tinha ido embora, depois de todos os momentos bons que passamos juntos. Simplesmente não pude acreditar, e as palavras da carta ainda me remoiam.

Desci as escadas por volta das 5h30, para fazer o café da manhã. Ainda teríamos que trabalhar e depois ir para a escola. Nem aguentaria saber como estavam as coisas no trabalho depois de meu período de hospitalização. Mesmo que tivesse o atestado, não gostava de faltar.

E pensar que tudo o que aconteceu, agora eu poderia dizer que não tinha passado de um sonho. Pois bem, então, ele era meu sonho. Tinha me deixado acreditar que poderia conseguir viver ao seu lado, mas parece que não passou de uma mera ambição.

Cortei os pães e passei manteiga, peguei dos copos e coloquei suco de pêssego. Olhei para a porta de casa, outra vez encharcada pela tempestade que havia passado. As chuvas me lembravam dele, e agora ele estava em todo lugar, menos ao meu lado.

Fiz a massa para panquecas, e as fritei na frigideira. Levei todo o café para a mesa e deixei com que esfriasse. Fui até o banheiro e escovei meus dentes, também penteei o cabelo. Sem a presença dele, tudo me aprecia tão mecânico quanto a forma que vivia antes de o conhecer. Era tudo sem graça como costumava ser.

Eun-ji levantou-se por volta das 6h10 e pôs-se na mesa.

- Resolveu me agradescer o jantar, bobinha?- ela brincou, tirando uma das fatias de panqueca para si e bebendo suco.

- Resolvi fazer algo que agradasse minha mente, algo que não fosse pensar naqueles malditos momentos, todos falsos.- a respondi, saindo do banheiro e me sentando na mesa para tomar café ao seu lado.

- Ainda está mexida com o que aconteceu ontem, não é? Sei que é uma notícia complicada para quem saiu do hospital.- ela tentou.

- Difícil? Foi a pior notícia que poderia ter recebido. Chorei horrores ontem, e hoje só consigo sentir revolta.- pausei a fala por um instante. - Como ele pode? Eu me dediquei e dediquei o meu tempo, e mesmo assim...- ela me interrompeu.

Dancing In The Storm.Onde histórias criam vida. Descubra agora