Cheio de reviravoltas, "Dancing In the Storm." É o diário do romance de Kim Goo Yoon e Yut Thong Di, ambos estudantes do ensino médio de Seul.
Os dois se conhecem na escola, através de mais um episódio de bullying que a menina acabara de sofrer. Na...
Era irritante a forma como ela sempre tinha tudo que queria, e até mais do que realmente precisava.
Tinha ficado quieta nos últimos dias de aula, evitando vê-la junto com ele. Eu realmente não queria.
No princípio, tudo aquilo parecia uma piada, a forma como ele tentava se aproximar dela. Não conseguia entender o que ela possuía de tão especial.
A forma com que esses dois tinham se aproximado já estava me causando ânsias, e era para o Thong Di ser meu amigo. Não dela.
Fala sério, essa menina nem deve saber que ele é modelo.
Se eu pudesse mudar isso, faria. Não aguentava mais chegar em casa e chorar pelo mesmo motivo. Ela tem tudo o que quer, mas consegue tudo que eu planejo ter.
Bem, não que eu não tenha tentado mudar, aquele ex-namorado dela foi um ótimo pau-mandado, considerando que não pensou duas vezes antes de fazer o que eu pedi.
Iria fazer mal a Thong Di, mas era a única forma de afetar ela. A única forma que ela não poderia desconfiar que eu tinha algo a ver.
Podem me chamar de monstro, mas aqui estão todas as minhas confissões. Pois, mesmo depois de tudo isso, eu ainda me arrependo de ter entrado nessa bola de neve.
Um sistema maior que eu, maior daquilo que eu poderia ter controle.
Eu queria ser alguém diferente, mas enquanto ela estivesse presente, estaria fadada a continuar sendo má.
Mas, para que? Nada daquilo realmente iria acabar com ela, não a faria cair de fato. Kim Goo iria apenas tropeçar no percurso.
Quando Thong recebeu alta, tinha ficado feliz e preocupada ao mesmo tempo. Pessoalmente, eu não tenho nada contra ele, mas ele era a minha ponte mais instável com ela.
☆
- Mãe? Estou saindo para ir a escola.- avisei, sem mais delongas.
- Vai logo menina. Veja se pelo menos nisso, você me dá algum orgulho.- me respondeu, me expulsando da casa.
Minha mãe se chama Lyna Chang, e sempre me criou sozinha.
Não conhecia meu pai direito, digamos que o antigo trabalho da mamãe não permitiu que isso acontecesse, já que se deitava com vários homens.
Acho que eu era a raiva dela, o motivo pelo qual sempre iria me culpar.
Andei a pé, até um restaurante, meu favorito. Se chamava Formaggio.
