Cap 29

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Dulce narrando

Chego em casa e observo a cena mais linda do mundo, Christopher está ajoelhado fazendo um curativo no joelho da minha filha, a babá se aproxima de mim na porta e diz que ela caiu no jardim enquanto brincava com ele

— Ficou bonito ? — Ele pergunta, antes de entregar a maleta para a empregada

— Sim, agora só falta o beijinho pra sarar — Ela sorri o pegando de surpresa, Christopher nunca foi muito bom em lidar com crianças, chega ser engraçado o modo como ele as trata

— Toda vez que se machuca, dou um beijinho pra sarar, a dor logo passa — Me aproximo deles, Sorrio e pisco um olho para Christopher, que esboça um leve sorriso pra mim

— Oi Dul, nem te vi chegar... — Ele diz, um pouco sem jeito — Olha, foi culpa minha, estava brincando com ela no jardim e... — Fala rápido demais, me fazendo rir

— Ei, relaxa, tá tudo bem, Mapi sempre leva tombos, não é a primeira vez e nem será a última — Brinco e ele sorri aliviado

— Quero meu beijinho mamãe! — Choraminga fazendo bico

— Meu ou do Tio Chris ? — Pergunto

— Dos dois — Sorri, Christopher e eu nos entreolhamos intensamente, me ajoelho ao seu lado beijo o joelho de Mapi carinhosamente, depois me sento ao lado dela, ele repete o gesto e senta do outro lado, deixando minha filha no meio de nós

— Obrigada, agora já estou bem melhor — Suspira, nos fazendo rir

— E agora a mocinha precisa tomar banho — Digo e ela faz careta

— O dodói vai arder ? — Fica com medo

— Não vai, o curativo do Tio Chris está ótimo — Sorrio, a babá se aproxima de nós e Mapi sobe com ela para o banho

— Obrigada por ter cuidado dela com tanto carinho — Volto meu olhar pra Christopher que me encara fixamente

— Sua filha é um anjo, nem sei como gosta de mim, não levo jeito com crianças — Afirma

— Não existe jeito certo, basta ter bom coração e isso você tem de sobra — Digo e ele se aproxima um pouco mais

— Obrigado, ela tem muita sorte em ter uma mãe como você — Sorri e toca meu rosto com as costas da mão, fazendo um carinho suave, meu corpo inteiro estremece, é incrível como depois de tantos anos, o toque dele me faz sentir as mesmas sensações de antes, se não melhores

— Mapi é tudo que eu pedi a Deus um dia — Digo e me afasto, fazendo com que ele retire a mão do meu rosto

— E Paco ? Também foi o seu sonho ? Ainda é ? — Questiona, olhando em meus olhos

— Eu acho que não foi este o motivo que te trouxe aqui, foi ? — Mudo o rumo da conversa

— Tem razão, vim aqui porque não posso te ligar e nem mandar mensagem, não nos vemos a dois dias, preciso saber o que Paco lhe disse naquele dia ... — Explica

— Tudo bem, vamos até o meu escritório, não quero correr o risco de alguém ouvir nossa conversa — Digo, ele concorda e me segue

Sentada no sofá do escritório, ele se acomoda ao meu lado e parece prestar o máximo de atenção nas minhas expressões

— Tudo que eu sei, ainda são suspeitas, Paco não me disse a verdade naquele dia... — Começo a falar

— Se não era verdade, como está pensando em concretizar suas suspeitas ? — Pergunta

— Outro detetive particular, aquele que eu contratei para seguir Paco, sumiu do mapa — Digo e o vejo arquear uma sombrancelha

— Como assim sumiu ?

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