Cap 82

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“O comportamento humano flui de três fontes principais: desejo, emoção e conhecimento.”

Sócrates

Christopher Von Uckermann

Quando a Carla me disse que Paco estava desconfortável em me ver ao lado de Dulce na nossa mesa, logo desconfiei de algo errado, despistei Mapi e fui atrás da minha noiva na casa, no momento em que vi Paco segurando o braço dela com brutalidade, não pensei duas vezes e o joguei contra a parede.

Ameacei e por pouco não o sufoquei com minha mão, precisei fazer um enorme esforço para não matá-lo ali mesmo, aliás, esse é um sentimento novo que surgiu dentro de mim desde que assassinei Samantha, por mais que eu sinta culpa pelo que fiz a ela, em qualquer oportunidade seria capaz de matar quem quer que seja capaz de fazer mal a Dulce.
É um caminho sem volta, você atira a primeira vez, pega o gosto e sente vontade de fazer novamente caso precise, mesmo sabendo que a sua consciência não te deixará em paz depois.
“Mas o que estou pensando ?” Repreendi a mim mesmo mentalmente.

Quando voltamos para a festa, eu estava mais calmo, a alegria tomou conta de mim novamente quando Mapi pediu para tirar uma foto a sós comigo, como se não fosse o suficiente, ela ofereceu o primeiro pedaço de bolo a mim, não contive as lágrimas de emoção.
Foi um momento mágico, que eu guardarei para sempre no meu coração.

Mas então, de repente, todos os convidados olham em direção à porta principal da mansão.
Murmúrios são ouvidos entre eles, enquanto Paco se aproxima a passos cambaleantes, Carla tenta segurá-lo mas é em vão.

— Diz que estou vendo coisas Christopher ! — Dulce me encara com os olhos marejados, obviamente pela vergonha que ele está fazendo Mapi passar diantes dos amiguinhos

— Ele é um babaca, cretino ! — Tento conter a minha raiva, dizendo as palavras sujas a mim mesmo para que Mapi não ouça

— Bambina do papai, cadê você princesa ? — Sua voz evidência o quanto está bêbado

— Porque meu pai está assim ? Porque todos estão olhando pra ele ? — Mapi pergunta a mãe, que está completamente atordoada

Algumas crianças maiores começam a relatar entre si que ele está bêbado, outros começam a rir, enquanto várias pessoas tiram fotos.

— Eu disse a você que ele não está se sentindo bem, filha! — Dulce tenta reverter a situação, controlando o choro de raiva

— O que foi Dulce ? O gato comeu a sua língua ? — Paco pergunta, estando a dois metros de distância de nós

— Papai, o que você tem ? — Mapi se preocupa

— Eu fiz de tudo, mas pra mim não dá mais, é muita humilhação — Carla diz, sem conseguir conter o choro, ela passa por nós, chama os enteados e vai embora sem olhar para trás

— Eu estou de coração partido Bambina — Paco responde a pergunta de Mapi, me deixando furioso

— Mapi, querida venha com a vovó, as crianças estão te esperando na cozinha para uma surpresa ! — Dona Blanca se aproxima e a pega no colo

— Mas e o meu pai ? — Os olhinhos dela enchem de água

— Ele vai ficar bem filha, vai com a sua avó, por favor ! — Dulce pede, encarecidamente

Assim que elas se afastam e seguem para dentro da casa, eu seguro o braço de Paco firmemente e olho em seus olhos.

— Porque não respeita ao menos a sua filha ? — Pergunto furiosamente, enquanto ouço Dulce pedir desculpas a todos e comunicar que a festa está encerrada

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