Cap 59

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“Não tome decisões quando você estiver com raiva. Não faça promessas quando você estiver feliz…” 
                                                    Bárbara coré

Christopher Von Uckerman

— Christopher !

Meu coração congelou ao ouvir a voz de meu pai, ele se aproxima às pressas, tentando entender o que está acontecendo.

— O que houve aqui Christopher ? Porque Samantha está neste lugar ? — Suas mãos seguram meus ombros, ao mesmo tempo em que a arma cai ao chão

— Dulce foi atingida pela explosão, não sei o quanto está ferida, por favor ! Salve ela — Imploro, sem condição alguma de correr e pegá-la em meus braços

Só então que Victor percebe a situação e corre em direção ao corpo de Dulce esparramado ao chão, caminho até eles devagar, enquanto o vejo conferir a respiração dela.

— Me diz que está tudo bem ! Por favor ! — Choro em desespero ao vê-la coberta de sangue, o fogo em si não a atingiu, mas o impacto em tê-la jogado longe sim

— Acredito que ela só esteja desacordada — Me tranquiliza — Preciso levá-la ao hospital com urgência — Explica ao pegá-la nos braços

— Vou com o senhor ! — Aviso

— Você fica aqui meu filho, em hipótese alguma atenda o celular, para ninguém ouviu bem ? — Ele me encara profundamente — Vou pensar em alguma coisa no caminho, não faça mais nenhuma loucura até eu voltar — Pede e mesmo com o coração despedaçado em não poder acompanhá-la ao hospital, acabo concordando que ficar aqui é a melhor opção no momento

— Está bem ! Me mande notícias, preciso saber como ela está ! — O remorso em vê-la nesse estado me consome e ter matado Samantha se torna pequeno demais, comparado ao que ela está sofrendo agora

— Tudo bem, se acalme e esfrie a cabeça um pouco, logo estarei de volta — Promete, antes de seguir até o carro e colocar Dulce no banco de trás, para depois sentar ao posto de motorista e sair em direção ao hospital mais próximo

Volto a me aproximar de Samantha, abaixo a sua altura e verifico seus pulsos, ela realmente está morta. Um lado meu sofre por ter cometido um assassinato, mas o outro de alguma maneira sente alívio por não tê-la mais no meu caminho. Há um abismo entre o que sinto e o que posso dizer nesse momento, uma trava que não me deixa raciocinar com clareza.

Deixando o corpo de Samantha amarrado ali, caminho até o gerador de energia, digito a senha e entro na casa em seguida.
Uma pequena parte está destruída, enquanto a maior permanece intacta, é estranho a forma com a explosão aconteceu, o fogo não se alastrou para a outra parte, ando alguns passos e só então percebo que o fogo foi isolado anteriormente de propósito. Ela sabia que isso poderia acontecer, planejou cada detalhe — Penso alto, ao mesmo tempo em minha culpa diminui ao constatar que foi uma tentativa de assassinato por parte dela, só não sei dizer se foi para mim ou para Dulce.

Depois de finalmente chegar a um dos quartos grandes, observo o laptop e o vídeo original de Vondy ao lado, sobre uma mesinha de centro, seguidos da temida armadilha que ela havia falado antes. Depois de verificar a veracidade dos fatos, pego os objetos e saio de dentro da casa, faço um montinho separado e coloco fogo para destruir tudo.

Passado alguns minutos, ligo para meu pai mas ele não me atende. Preocupado e desesperado por toda a situação em si, decido largar tudo e seguir para o hospital, mas ao chegar no meu carro avisto o dele vindo em minha direção.

— O que pensava em fazer Christopher ? — Pergunta, ao sair do carro e se aproximar de mim

— Ir ao hospital, o senhor não me atendeu, como a Dulce está ? Você a deixou sozinha ? — Pergunto aflito

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