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Relacionamentos podiam começar lentamente e rapidamente se desenvolverem, na mesma velocidade podiam encontrar o seu fim. Sebastian e eu éramos um segredo. Algo que podia continuar depois ou, acabar da maneira mais fria.

Naquele momento estávamos no auge do nosso relacionamento e nos beijar escondidos em sua sala se tornou um costume. Também encontrei uma utilidade para as passagens secretas, ir ao seu encontro ou fugir ao quase sermos pegos.

Do toque secreto ao nos encontrarmos no corredor, de nossas mãos se esbarrarem e nossos dedos se tocarem, até os beijos e as carícias na torre do relógio e em sua sala. Em um mês eu descobri como Sebastian podia ser tanto carinhoso quanto selvagem.

Embora ainda fosse um caminho desconhecido seus reais sentimentos por mim, eu tinha consciência do quanto os meus estavam aumentando cada dia mais.

Nos último mês Sebastian começou a aparecer cada vez menos em Fesk King e isso fez com que nosso relacionamento não fosse percebido. Era sutil e preciso quando trocávamos olhares ou nossas mãos se esbarravam no corredor no término da aula.

Cada vez que esses pequenos, secretos e íntimos momentos aconteciam, meu corpo inteiro arrepiava e instantaneamente um sorriso controlava meus lábios.

Eu me acostumei a minha nova rotina, no início era difícil controlar quando íamos nos encontrar ou como. Agora já estava definido, todas as Segundas, Quartas e Sextas nos víamos apenas no campus e nas Terças e Quintas nos encontrávamos em seu apartamento.

Nos finais de semana ainda precisávamos programar com atenção nos detalhes para convencer minha mãe a me deixar dormir no campus e esperar pela disponibilidade da Manon poder sair com Fred.

De certo modo, moldamos nossos encontros seguindo os da Manon. Eles eram sistemáticos e organizados, portanto o relacionamento dos dois seguia o mesmo esquema. Não foi complicado nos ajustar.

Também dormia no apê e antes do campus abrir na troca de turno dos seguranças e da Manon voltar, lá pelas quatro da manhã, eu voltava para o dormitório. Me deitava depois de me trocar e quando Manon chegava ela não suspeitava de nada.

- Eles estão ansiosos para finalmente conhecê-la. - Sebastian comentou enquanto brincava com o meu colar fino e com um pingente de borboleta.

O casal Olsen estava em Londes passando a lua de mel, apesar de saberem sobre nós dois, não chegamos a nos conhecer ou se falar. Pois, eles estavam se acostumando a Londres e também aproveitando o momento. Além da esposa estar esperando o primeiro filho deles e se sentir cansada e enjoada constantemente.

- Hemerich disse que amanhã irão jantar conosco no nosso apartamento, se você estiver de acordo.

Nosso, repeti pela milésima em uma semana. Sebastian começou a se referir a seu apartamento como "nosso" há alguns dias. Na primeira vez pensei ter entendido errado, mas depois fingi nunca ter percebido.

Por que, me dava esperanças de que nossa relação nunca terminaria e sempre estaríamos juntos. Contudo, nada ficava encoberto por muito tempo. Havia algumas pessoas desconhecidas que sabiam de nós como sua diarista e o segurança do estacionamento.

Eles tinham contratos de confidencialidade, mas uma gafe e todos saberiam. A avó dele quase nos pegou três vezes, ela tinha o costume de o visitar a noite com lanchinhos e livros. Por sorte ficava alguns minutos e logo ia embora, senão eu ficaria no quarto com o coração parando a noite toda.

Contando com minha própria sorte, era capaz de que se demorasse para ir eu acabasse desmaindo de nervoso e fôssemos descobertos pelo barulho de uma árvore caindo.

O coração do CEO que esperei - Duologia Ceos Apaixonados 2Onde histórias criam vida. Descubra agora