Os olhos de Elizabeth doeram assim que se abriram por conta da claridade, e logo ela notou que estava na enfermaria. Seu corpo parecia estar anestesiado, provavelmente algum efeito colateral de alguma poção do seu tratamento.
Aos poucos a memória da jovem foi voltando para a noite passada em forma de flashbacks, o que lhe deu uma dor de cabeça ainda maior ao ponto de sentir as têmporas pulsarem. Suas memórias em forma de névoa iam e voltavam para o momento da última prova, e ela só pensava em uma coisa: onde estava Cedrico?
— Ah querida, que bom que acordou — Madame Pomfrey disse entrando na enfermaria e vendo a loira acordada — Fiquei preocupada com você, já está apagada há dois dias e não demonstrava melhoras.
— Estou bem... eu acho, mas a minha cabeça dói.
A mulher encarou a menina com pesar e deu um leve suspiro, dizendo:
— Vou chamar seus amigos para te fazerem companhia.
Elizabeth estranhou o comportamento e em pouco tempo, não apenas Arielle entrou junto com Hermione como também a professora Sprout estava junto com as meninas. Logo em seguida, veio Dumbledore olhando através dos óculos meia lua para a jovem.
— Como se sente? — Arielle quebrou o gelo, sentando-se na marca da enfermaria ao lado da lufana — Você passou muito tempo apagada.
— Estou estranha, não sei... mas cadê o Cedrico? — a pergunta fez com que a feição de todos mudassem no mesmo momento, o que fez com que o coração da Jenk doesse — Por favor, queria vê-lo um pouco.
A professora Sprout se aproximou da aluna, e pegou a mão da menina como uma forma de lhe transmitir força com o que aconteceria momentos depois.
— Elizabeth, houve uma confusão na terceira tarefa e ela não foi realizada da forma que deveria. Havia um espião aqui na escola, de Você-Sabe-Quem, que alterou o troféu para uma chave de portal. Tudo um plano, para que pudessem libertá-lo.
— Professora, ainda não entendi onde quer chegar.
— O plano era para ser somente Harry mas Cedrico estava junto e... bom... — a Sprout olhou para Dumbledore e os demais na sala antes de continuar: — Cedrico Diggory foi assassinado por Voldemort.
Os olhos de Elizabeth começaram a ficar nublados pelas lágrimas e sua garganta apertava como se um arame farpado estivesse sendo enroscado. As memórias de Harry trazendo Cedrico, ou melhor, o seu corpo, se tornaram cada vez mais frescas na mente da jovem, até que a frase que ouviu do Ministro da Magia fazia sentido com o que acabou de ouvir.
— O Cedrico... o meu Cedrico está morto?
Ela procurou no rosto dos presentes qualquer sinal de que aquilo era mentira, mas todos tinham a mesma feição de luto.
— Não... não... por favor, digam que é mentira. Digam!
— Cedrico Diggory era alguém que valorizava o jogo limpo e tinha as qualidades que trouxe honra para a Lufa-Lufa, e em tantas outras qualidades que sei que conhece, senhorita Jenk — disse Dumbledore — Mas precisa saber que Lorde Voldemort foi o responsável por sua morte, e que ele está de volta. Irão alegar o contrário, mas a senhorita precisa saber da única verdade.
As lágrimas escorriam pela bochecha da menina enquanto sentia o coração sendo completamente dilacerado, ao ponto de ficar sufocado.
— Ela precisa descansar, vocês estão sobrecarregando-a — Madame Pomfrey disse a todos presentes na enfermaria, e um a um, foram deixando o ambiente enquanto a garota chorava copiosamente.
As memórias com Cedrico invadiam a mente da jovem com força. Cada "eu te amo", abraço, beijo e momento que tiveram juntos há poucos dias atrás não iriam se repetir no futuro.
— Por favor, madame Pomfrey, me dê uma poção para dormir ou qualquer coisa que faça minha dor diminuir.
A loira recebeu uma poção para dormir, e ela não sentiu mais nada porque o efeito foi instantâneo, fazendo-a apagar.
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Elizabeth ficou por mais um tempo na enfermaria. Recebeu visitas de Hermione e Arielle com frequência, assim como da professora Sprout. Depois de dois dias, Harry apareceu acompanhando Arielle, um pouco acanhado enquanto encarava a lufana.
— A culpa não foi sua, Harry — disse a loira ao ver o menino — Você não tem culpa de nada.
— Eu que chamei ele para pegar a taça comigo, poderia ter evitado.
— Não podíamos fazer nada se era o destino — Elizabeth sorriu fraco, ainda sob o efeito de algumas poções — E eu sei que não tem culpa, Harry. Quem imaginaria que ele voltaria, e que tudo aconteceria como aconteceu?
Harry não disse mais nada, até mesmo porque Madame Pomfrey apareceu no mesmo momento com professora Sprout e professora McGonagall em seu encalço. As mulheres encararam Elizabeth, que franziu o cenho.
— O que houve?
— Senhor Potter e senhorita Coleman, poderiam nos deixar a sós? — Minerva perguntou aos mais novos, mas Elizabeth interviu.
— Pode falar na frente deles, professora, são meus amigos. O que houve?
As três se entreolharam, como se decidissem quem iria dar a notícia. Até que Arielle disse:
— Ah, por favor, digam logo o que querem falar pra ela!
Madame Pomfrey tomou a dianteira, ficando mais próxima da marca da aluna. Respirou fundo, e então contou a notícia que havia notado no dia anterior.
— A senhorita está grávida.
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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?
Penúltimo capítulo de TOTGA e vocês estavam esperando por essa notícia? Nosso casal irá ter um bebê!
Me digam o que estão achando, quero comentários!
Ah, quem quiser me seguir no tiktok para ver os edits da fanfic é só procurar por (__nandas), será legal ver vocês lá.
Até o próximo!
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The One That Got Away - Cedrico Diggory
Fanfiction𝘛𝘩𝘦 𝘖𝘯𝘦 𝘛𝘩𝘢𝘵 𝘎𝘰𝘵 𝘈𝘸𝘢𝘺 | Era o primeiro dia de um novo ano em Hogwarts para Elizabeth Jenk, e ela não poderia estar mais feliz por estar acabando os estudos na escola ao lado de seu companheiro de casa e namorado, Cedrico Diggory. ...