Epílogo

393 32 2
                                    

— Mamãe! — a voz de Valerie fez com que Elizabeth fosse para sala, notando que a pequena lhe chamava por conta da coruja das neves, a coruja de Harry, que estava na janela.

O pacote que o animal carregava estava escrito com a caligrafia de Arielle. Dando um pouco de comida e água para a ave após um vôo longo de Hogwarts até ali, a loira pegou a filha no colo e se sentou no sofá.

— É da sua dinda.

— Dinda! Dinda! — a menina disse batendo as mãos animada, afinal, Arielle sabia como animar a garota como ninguém desde que o último presente tinha sido uma vassoura de quadribol de pelúcia que ela e Harry mandaram.

As coisas estavam ficando cada vez mais complicadas e com a volta de Voldemort sendo vista publicamente no último ano, além do fato de que Harry estava estampando cada vez mais os jornais, a ex-lufana se correspondia com maior frequência com Arielle para saber como o menino estava após a morte de Sirius Black há alguns meses atrás.

A primeira coisa que Elizabeth pegou foi a carta, e ao ver a caligrafia da Coleman, leu em seus pensamentos enquanto Valerie estava focada em rasgar o papel pardo.

"Olá Elizabeth e Valerie, como estão?

O tempo está cada vez mais frio e não resisti em comprar essa roupinha fofa para a pequena. E comprei amarela porque são as cores que estão tanto na Grifinória como na Lufa-Lufa ;)

Acredita que Snape é o professor de DCAT agora? E acredita que Harry já arranjou encrenca logo na primeira aula? Eu não sei o que faço com o Potter mais, algum conselho? Esse menino está me deixando doida em mais de um sentido, mas deixarei isso para outra carta.
Mas antes... o quão grave é o sentimento de uma pessoa pela outra quando você sente o perfume dela na Amortentia?

Quando puder me manda outra foto da Valerie? Sinto falta dela e mal posso esperar para visitá-la nas férias de fim de ano.

Com carinho,
Arielle Coleman.

P.s: Harry mandou um oi também e quer uma foto para ele também... não digo nada."

— Seus padrinhos ainda vão ficar juntos Valerie, escreva o que estou te dizendo.

A menina de cabelos castanhos claros e olhos castanhos sorriu, entendendo o que a mãe havia acabado de dizer... ou ao menos, alguma pequena parcela.

Como Edwiges ainda estava ali, e a loira tinha tirado algumas fotos da menina alguns dias antes, aproveitou a deixa para responder a amiga enquanto colocava no envelope o que ela desejava.

"Olá Arielle,

O tempo está frio mesmo e o cachecol é lindo. Valerie amou a cor (seria o sangue lufano já dando sinais?) e ficou linda com ele, logo lhe mando outra foto de como ela está.

Snape está dando finalmente as aulas de DCAT? Aposto que não foram todos que gostaram da notícia... e eu particularmente também não gostaria muito, ainda acho que Lupin foi melhor. Agora, que Harry arranjou encrenca eu acredito fielmente porque... bom, é Harry e Snape, quando eles se deram bem?

Ele te deixando maluca, quando irá falar com ele? Por Merlin, vocês só tem mais esse ano e o próximo para confessarem! Não perca tempo Ary, você tem que aproveitar todos os momentos com ele antes que se arrependa de não fazer isso futuramente... os tempos estão cada vez mais difíceis.

Aliás, use a desculpa da Amortentia, garanto que você irá se surpreender ;)

Aqui vão duas fotos da Valerie, uma pra você e o Harry, tiramos no último Halloween quando fazia cookies. E te aguardamos nas férias, você é mais do que bem-vinda aqui em casa.
Mande um oi para Harry.

Com carinho,

Elizabeth e Valerie."

Preparando o envelope para que Edwiges pudesse levar, a loira recebeu um piado da ave antes de vê-la levantar vôo. O presente estava próximo da menina e ao colocar o pequeno cachecol infantil amarelo em torno do seu pescoço, teve um vislumbre de Cedrico através do seu sorriso e olhos brilhantes quando vencia uma partida ou quando simplesmente estava feliz.

— Mamãe, não chora — a garotinha disse pegando nas bochechas de sua mãe, e só então Elizabeth notou que estava chorando.

— É de alegria minha pequena, pura alegria. Eu te amo para sempre.

Valerie apenas sorriu como se tivesse entendido a sua mãe e olhou para o homem que apareceu do lado da mulher, do qual também estava sorrindo em sua direção e sussurrando que a amava.

E Elizabeth sabia que Cedrico estava ali, ao seu lado. E essa era a certeza de que eles sempre iriam se amar, tendo o fruto deste amor ali na frente de ambos. Amor que duraria não apenas nessa como em todas as vidas.

Para sempre.

༻♡༺

The One That Got Away - Cedrico DiggoryOnde histórias criam vida. Descubra agora