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oi amoressss.

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Oi galelriz (vitor)



ISABEL POV'

Acordo deliciosamente aninhada a esse homem. Como ele ainda dorme como uma pedra, opto por ficar ali, enquanto ainda tenho tempo, admiro seu rosto.
Seus suspiros pesados e sua confiança em dormir ao meu lado.

Penso em suas palavras intensas que me afetaram ontem, sobre ele dizer que me amava.

Confesso que adorei ouvir isso, mas estou tão afetada por isso ser uma mentira, é definitivamente um trauma.

Começou há anos.

Quando meu pai decidiu que a minha madrasta era uma prioridade, e sua própria filha não.

Quando mamãe morreu, meu pai sempre dizia o mesmo. "Você sempre em primeiro..." E não o culpo por se apaixonar, mas ele realmente me tirou de prioridade. E quando em uma briga com minha madrasta, após ela arruinar o meu vestido colocando produtos químicos nele, ele ficou ao lado dela. Gritou comigo falando que estava com vergonha de mim, e que ela sempre seria superior a mim, tanto na vida quanto na escolha das pessoas. Que eu nunca seria escolhida em primeiro.

Sei que ele disse isso no calor da raiva, mas suas palavras me machucaram, e por muitos anos não me relacionei ou me apaixonei por ninguém, pois já estava decidido, as pessoas não me escolheriam nunca, sempre haveria uma opção melhor.

Foram 6 meses pensando sobre isso. 6 meses remoendo palavras de alguém que já estava morto mas que me afetavam como se gritasse em minha orelha todos os dias. Eu nunca seria uma opção para Benjamin, pelo menos não a opção 1.

Fiquei surpresa quando ele colocou Larissa pra fora de sua casa em um pulo, mas ele deve ter feito isso por não ter gostado de ter sido pego.

Eu sou até atraente, e devo ser boa no sexo, por isso ele se atraiu por mim. Mas ele disse com todas as letras que não ia deixar com que o acordo fluísse porque não possuía mais amor. Eu lembro. Ele disse, ele agiu, ele escolheu ser assim.

Eu tentei. Deus, como tentei.

Só noto as lágrimas que caem quando percebo que Benjamin já acordou e começa a secá-las.

— Bom dia...
Falo manhosa e com uma voz de choro.

Fungo em seguida e tento sorrir, um disfarce para que eu tente pensar em outra coisa e para que eu tente passar uma impressão boa para ele.

— Ja começou péssimo pelo fato de você estar chorando.
Fala com um olhar preocupado e eu rio.

O abraço e me levanto da cama.

Estou prestes a abrir a porta do quarto, quando ele me abraça por trás.

— Faltam algumas horas para você ir trabalhar, fica mais um pouco comigo...
Suplica enquanto enfia o nariz na curvatura do meu pescoço e eu rio com seu jeito manhoso.

— Preciso preparar uns papéis. Depois eu volto, juro que vou tentar voltar no almoço.
Falo e tento me soltar do seu aperto, relutante ele me solta. Mas não se afasta.

Planta um selinho em meus lábios e pega o meu rosto.

— Vou contar os segundos até a sua volta.
Fala e eu reviro os olhos.

Muito manhoso. Do jeito que eu adoro.

Sorrio e finamente consigo sair do quarto, indo em direção ao meu e me preparando para os gritos de Lana e Matteo.

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