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ISABEL POV'

Qual o seu problema Isabel ? Desde quando começou a chorar igual uma tola ? 2 vezes só hoje. O que tem de errado comigo ? E no que eu estava pensando em chorar na presença de Benjamin ?

Quando ele me abraçou, eu realmente tive flashbacks de momentos em que ficamos assim, abraçados, juntos, se amando, sendo apenas nós.

Mas quando eu tive um choque de realidade, lembrei que não estávamos juntos e a primeira coisa que fiz foi me afastar. Afastar, isso é o que eu devia fazer sobre ele. Mas não consigo.

Um turbilhão de emoções se passou em minha mente quando ele leu o papel do biscoito dele. Tão real. Mas nada doeu mais do que ler o meu. Aquilo me definiu tanto, estou sofrendo por algo que não possuo mais. Talvez nunca nem tenha possuído né ?

Volto a mesa com um sorriso forçado e noto a demora de Benjamin pra voltar também.

Olho para o relógio que marca 12:34. Me sento na mesa e abro a caixinha de yakisoba, notando olhares curiosos sobre mim.

— Tudo bem amiga ? Seus olhos estão vermelhos.
Lana pergunta e eu sorrio tentando amenizar a situação.

— Está tudo bem, só que quando fui ao banheiro, acabei tropeçando e você sabe como sou emotiva.
Respondo fazendo um bico e ela sorri.

Benjamin finalmente volta, esta cabisbaixo e se senta na mesa, abre sua caixinha e todos o fazem. Pegamos os hashis e começamos a comer. Em silêncio, um silêncio desconfortável e arrebatador que incomoda e nos deixa estranhos.

— Então... Você já sabe quanto tempo Peter vai ficar preso ? — Lana pergunta em direção a Daemon que lhe lança um olhar preocupado — Não que eu esteja preocupada com ele, só curiosidade — Certifica e noto o olhar de Daemon ficar mais calmo.

— Não sei quanto... tempo.
Responde voltando ao seu yakisoba e Lana dá de ombros.

Percebi a interação entre esse suposto policial — o que eu duvido muito que realmente seja — e minha amiga. Esses dois vão ter algo futuramente, não precisa nem ser muito inteligente para saber isso. Por mais que Lana esteja triste e machucada agora, sei que isso é temporário e nada como um amor para resolver esse problema.

Volto a comer e não olho para ninguém na mesa, em uma tentativa tosca de evitar os olhares de todos, dele em específico.

Você é uma covarde Isabel. Sua covarde do caralho.

É... Eu sei. Sei que sou uma puta covarde, mas não posso deixar com que essa suposta "amizade" com Benjamin fluir, porque eu estou apaixonada por ele, e quando eu me declarar, com expectativa, meu coração vai ser quebrado novamente com a sua rejeição.

E o que eu menos preciso agora é de sua rejeição. Suas palavras cruéis e humilhantes martelam em minha cabeça e eu me pergunto todo santo dia o que aconteceu com Benjamin, em um dia ele estava se declarando e no outro dizendo que o acordo tinha acabado.

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