25

1.1K 118 32
                                    


FALTAM 2, 2 CAPÍTULOS PARA O FINAL, eu to chorando.

Admito que eu to chorando também (vitor)


MESES DEPOIS

BENJAMIN HANDERSON

Eu e Bel estamos usando pijamas fofos combinando, a calça é totalmente preta e a camiseta de cima é totalmente branca com detalhes pretos. Atrás estão escritos nossos nomes invertidos. No meu está escrito "Isabel" e o dela está escrito "Benjamin". Quando falei que tinha comprado pijamas assim fiquei com mesi de Bel achar brega ou até não querer usar. Mas ela riu e falou que estava ansiosa para usarmos.

Bel estava sentindo muitas dores, principalmente contrações, e quando eu estou a acompanhando até o sofá, com nossos braços entrelaçados, ela para e eu paro junto.

— O que foi ?
Pergunto a olhando mas ela permanece paralisada.

Sinto respingos de água na minha canela e franzo o cenho ao olhar para o chão.
Arregalo os olhos ao ver a água.

— A bolsa...
Começo mas não consigo terminar, as palavras estão na ponta da língua mas não saem.

— ESTOUROU.
Bel termina e eu a acompanho até o carro devagar, porém rápido também, com passadas largas até o estacionamento.

Ajudo ela a entrar e vou correndo até o nosso quarto pegar a bolsa de maternidade. Sim. Esperávamos que a bolsa estourasse ESSA SEMANA. E não hoje. Não... Não hoje.

Volto correndo e entro na parte de trás do carro, onde Bel está acomodada. Coloco a bolsa no chão do carro e agradeço Joseph mentalmente ao ver que ele já acelerou sem eu nem ao menos ver.

Logo percorremos pelas ruas da Itália. Mas eu não estou concentrado nisso. Estou concentrado na mulher ao meu lado. Ela se esticou no banco, a cabeça encostada. Até que ela começa a gemer de dor, mas logo se repreender por isso.

— Bel... — A chamo e ela me olha, me aproximo e coloco uma mão em sua barriga e a outra em seu rosto. Acariciando. — Pode gritar de dor se for preciso amor, não prenda nada para si.

Ela assente com a cabeça e eu sorrio tentando passar uma calmaria que estou longe de estar sentindo.

Por sorte o hospital fica perto, e em menos de 5 minutos estamos em frente à porta.

Ainda me sinto agoniado pelo fato de Bel ter sentido tanta dor nesses 5 minutos, porém deu tudo certo.

Saímos do carro e eu a ajudo a adentrar o hospital.

Agradeço a todos os deus pela médica, pela qual já conhecemos de outras consultas, está ali perto da porta e nos reconhece antes mesmo de eu falar algo, ela olha para nossos rostos e encara Isabel.

Em menos de 1 minuto ela está sendo retirada de meus braços e eu estou correndo atrás de todos, atrás da minha mulher.

[...]

Vamos Bel. Faça um pouco mais de força.

Penso mentalmente enquanto seguro a mão de Bel.

Ela grita de dor, ela grita como se a sensação estivesse agonizante e eu torço para essa dor passar logo.

Por favor Deus, se estiver doendo muito passe pelo menos 50% dessa dor para mim. Não. Não. 90%, 90%. Passe o quanto de dor achar possível para mim, desde que ela não sofra mais por isso. Por favor.

— Já estou vendo a cabecinha. Vamos Bel !
O medico fala e eu sorrio.

— Eles estão chegando, amor. Vamos, aguente firme.
Falo e ela sorri mesmo estando com uma face agonizante.

O Retorno Onde histórias criam vida. Descubra agora