𝗧𝗛𝗢𝗨𝗚𝗛𝗧𝗦 𝗔𝗕𝗢𝗨𝗧 𝗘𝗩𝗘𝗥𝗬𝗧𝗛𝗜𝗡𝗚, Emma Esposito conta sobre como o amor pode ser destrutivo mas ao mesmo um curativo.
𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮
Essa história fala sobre mim, sobre coisas que eu passei, só que ao mesmo tempo não é...
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O tempo passou e o dia chegou. Eu estava contando os segundos para aquele momento. Será que esse menino gosta de mim como eu gosto dele? É meio maluco pensar que a tanto pouco tempo ele era apenas mais uma pessoa, um estranho e ele está assim comigo hoje. Será que ele seria passageiro ou motorista? Nem sei tanto o porque ligo tanto, o porque tenho tantas expectativas em cima de um menino.
Minha última aula era matemática, aquele inferno nunca acabava, fodasse, vejo vídeo da Gis com Giz depois, minha mãe salvadora. Quando faltava 10 minutos para a aula acabar mandei mensagem para o Scobell perguntando se tava tudo certo para hoje, ele respondeu com dois joinhas apenas.
FOMOS LIBERADOS! Fui direto para a cantina, lembro de almoçar com a Leah naquele dia, a Leah era minha yellow person, eu contava de tudo para ela, essa menina sempre esteve ao meu lado e eu do dela. Acho que ela estava mais ansiosa que eu. A garota me acompanhou do início na saga W.S. apelidado carinhosamente por nós como cachinhos dourados.
Depois de comermos, a minha melhor amiga me desejou boa sorte, e fui com fé.
Lá estava ele, com seus cabelos bem definidos, um vans azul quase podre, calça jeans, e uma camiseta preta simples, mas com o sorriso mais lindo desse mundo, me esperando, eu estava entrando em desespero.
Quando eu me sentei ao seu lado, olhei para a cara dele, ele me olhou, começamos a rir, porque era muito bobo, a gente só tinha feito isso porque tínhamos certeza de algo, os dois.
━ Acho que a gente devia falar os nomes a mesmo tempo ━ Ele disse, era muito claro que nós dois estávamos com muita vergonha.
━ Ok..3..2..1! ━ Ninguém disse nada, então rimos muito mais.
━ Isso aqui ━ Fiz um gesto com as mãos ━ Não vai funcionar.
━ Tenho uma ideia, que tal a gente dar dicas para ver se acertamos? Respostas de sim e não ━ Sugeri ━ Então eu começo perguntando para você ━ Ele fez uma cara emburrada.
━ Por que? ━ Ele me questionou.
━ Eu tive a ideia, beijinhos ━ Fiz beijinhos pro ar.
━ É da nossa escola? ━ "Sim".
━ Está no oitavo ano? ━ "Não". Uma coisa, por conta da pandemia e o divórcio dos pais do Walkie, ele quase não foi para a aula online, então ele e seu irmão reprovaram. Então mesmo sendo mais velho que eu, ele está um ano abaixo.
━ Está no nono ano? ━ "Sim".
━ Estuda na minha turma? ━ "Sim". Me gelei um pouco.
━ É loira? ━ "Não".
━ É morena?━ "Sim".
━ Usa óculos? ━ "Sim".
━ Sou eu? ━ Putamerda.
━ Sempre foi. ━ Mas e a Malia? Ok estavamos muito perto.
A Malia foi uma garota linda que gostou dele por muito e muito tempo, ela já foi uma das minhas melhores amigas mas se afastou quando as turmas mudaram no quarto ano. Eu sinto muito a falta dela, mas desde que comecei a falar com o Walker, ela começou a me odiar, esse tipo de rivalidade feminina nem faz sentido. Só que atualmente eu e o Scobell sentimos um pouco de..nojo por conta das coisas que ela faz.
━ Scobell, eu também gosto de você, você foi uma parte da minha alegria desde que a gente se conheceu ━ Eu TERMINEI de falar e ele me beijou, e caralho, eu não estava preparada para isso. Não estava preparada para perder o bv e muito menos o bvl.
Algum arrepio me percorreu naquele momento, como se não eu devesse fazer aquilo, entende? Aquele beijo encaixou perfeitamenete, e mais que isso, Walkie sabia o que estava fazendo.
Quando a falta de ar foi presente, nós nos separamos e ele deu um sorriso que me fez me derreter inteira, ele era incrível.
━ Walker, ei, eu preciso ir, minha aula vai começar! ━ Falei para ele mesmo não querendo ir.
━ Só mais um pouquinho ━ Ele disse com a cabeça apoiada no meu ombro e me deu um selinho.
━ Vem comigo, acho que hj é só eu, a Leah e mais uma menina, o André é incrível, e vai deixar você ficar lá ━ Ele parou e me encarou.
━ Quem é André? ━ Sério isso?
━ O melhor professor do mundo ━ Disse sincera e voltamos a andar.
E não estava brincando, meu professor de patinação era maravilhoso, ele era exigente mas muito legal, ele jogava volêi com a gente, fazia piadas, ele se estressava fácil, mas sempre foi incrível.
No final das contas, nós ficamos juntos num canto da quadra onde eu fazia minha aula na escola mesmo. Eu estava sentada de costas para a parede, e ele estava deitado no meu colo, eu ficava fazendo caricias no seu cabelo. Quando eu precisava ir fazer o exercício ele ficava me observando e quando voltava dizia que eu fui incível.
