21 - Roupa Demais

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Roseanne Park

— Aquelas informações que dei a vocês... elas foram importantes, não é? Quem era aquele homem, Oleg?

Ela cobre os olhos com um dos braços.

— Ele não é alguém que você deva ou precise conhecer.

— Sei que não confia em mim ainda, mas eu jamais a trairia porque isso significaria colocar sua vida em risco. Eu a protegerei, tanto quanto você me protege.

Ela me puxa e me dá um beijo diferente de todos os outros. Lento, me consumindo aos pouquinhos.

— Não tem nada a ver com confiar, baby. — Fala, quando nos afastamos. — Mas ao fato de que, no que diz respeito aos meus negócios, quanto menos você souber, melhor.

— Você sabe da minha vida inteira e eu não sei quase nada a seu respeito.

Ela suspira, parecendo irritada e eu me levanto.

— Aonde você vai?

— Tomar um banho. Eu estou cansada.

Tento não mostrar o quanto me atinge que a mesma fé que depositei nela não seja recíproca, mas não consigo. O problema é que ocultar minhas emoções de Lisa se tornou impossível depois do que vivemos.

— Vem aqui.

Ela estica a mão, mas eu não me movo.

— Park.

— Eu não estou feliz com você agora.

Ela sorri, o que me deixa mais zangada. Viro-lhe as costas e começo a caminhar para o banheiro, mas não dou nem dois passos, e ela me abraça por trás. Não é um abraço que me paralisa, mas um em que eu quero estar.

— Você pode me pedir para soltá-la, se for o que quer.

— Eu não quero. — Estou cansada de ser uma atriz o tempo todo. Não vou mentir sobre nós duas.

Ela me vira e me pega no colo. Prendo as pernas em volta da sua cintura.

— Manter alguns segredos é uma forma que tenho de protegê-la. Você nem deveria saber das coisas que já tem conhecimento.

— Por que não?

— Porque o mundo em que vivo e no qual você foi obrigada a estar nesses últimos anos, não é lugar para alguém tão doce.

— Você está me dizendo que sou boa demais para você?

— Estou.

— Então por que me pediu para ficar?

— Justamente porque não sou uma boa pessoa. Eu quero você.

— Para fazer sexo?

— Deus, você não deve perguntar coisas assim tão diretamente. — Ela morde meu queixo — Mas por uma questão de honestidade, sim, eu quero muito fazer sexo com você. Em todos os cantos dessa casa. — Agora mordisca meu pescoço. — E provar cada pedaço seu.

— Quem está falando sujo agora?

— Eu não sou uma princesa encantada, Rosé. Essa é a minha versão suave.

— Não pedi que fizesse isso.

— Eu sei, mas é que nunca toquei algo tão precioso.

Tremo junto a seu corpo e me forço a voltar a respirar.

Ela sabe que não tenho experiência, mas não preciso agir como uma idiota completa. Estou nervosa, mas muito excitada pela beleza e também escuridão, que vejo nela. Lisa não transpira maldade como Aleksander e o pai, mas indiferença pelo mundo e é delicioso ser o alvo de seu interesse.

CHAELISA: Proteção na máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora