32 - Pega a Pipoca

391 52 83
                                    

Lalisa Manoban

Le Crépuscule Nightclub

— Já capturamos alguns albaneses. Matamos quase todos, mas como você havia dito que daríamos um tratamento especial ao primeiro escalão, levamos o irmão caçula de Woojin, o idiota do Behar, para a fazenda. Reza a lenda que Romano Carlucci está louco para colocar as mãos nele. Algo relativo a um acerto de contas no passado do italiano. — Minho diz.

— E o que temos com isso?

— Romano domina a Filadélfia atualmente e recebemos informações que Woojin está escondido lá. Poderíamos propor uma troca. Ele caça e nos entrega o líder dos albaneses e mandamos Behar de presente.

— Um acordo com os italianos? Não sei.

— Uma trégua temporária. Troca de mercadorias. Cada um de vocês consegue o que quer e todos terminam felizes.

Penso no que ele está dizendo. Por mais que me desagrade entrar em qualquer tipo de ajuste com os italianos, a segurança de Rosé depende de que o maldito albanês saia do nosso caminho.

—Tudo bem, está autorizado a coordenar o acordo, mas coloque um prazo. Se eles não nos entregarem Woojin, Behar será morto. Agora, fale-me sobre os prejuízos materiais. Explodiremos o armazém amanhã?

— Sim e horas mais tarde, o laboratório onde processam a droga, como você mandou. É para deixá-los saber que o ataque partiu de nós? Com a quantidade de organizações querendo um pedaço dos filhos da puta, não seria difícil nos mantermos nos bastidores. — Pondera.

— Não. Tenha certeza de que descubram que fomos nós. Não vamos ficar com a mercadoria. Faço questão que saibam que foi tudo destruído. Que todos os líderes desses filhos da puta na Europa entendam que estou pouco me fodendo para o prejuízo que lhes dei e que farei quantas vezes eu quiser, simplesmente porque eu posso. Perder aquelas armas foi a porra de uma dor de cabeça, mas destruir sua carga mensal e explodir o principal laboratório de drogas, vai chamá-los para a dança. Se eles queriam provar algum ponto, agora terão que ir até o fim porque eu não vou parar.

Ele acena com a cabeça, mas posso quase ler o que está pensando. Minho é o mais analítico dentre os meus homens e não tenho dúvidas de que se pergunta se o meu ódio em relação aos albaneses tem a ver com Rosé.

Eu quero e preciso mandar um recado para aqueles bastardos depois que roubaram nossas armas, mas muito do que estou fazendo é por vingança também.

Cada coisa que ela me conta a que era submetida por ele e principalmente, por aquele pirralho mimado, que o diabo o guarde no inferno, me faz querer cortar a garganta de um por um. Rosé não foi fisicamente violentada, mas eles modificaram sua personalidade e talvez de uma maneira irreversível.

Algumas mudanças, podem ter sido positivas.

É observadora e vê além do que as pessoas querem mostrar. Tem bons instintos e se mantém alerta, com Minho, inclusive. Ele está muito próximo ao que a medicina considera como um sociopata.

Além de mim e Jennie, Rosé não confia em ninguém. Somente há poucos dias, passou a interagir com meus homens, principalmente com Leonid. Talvez por causa das aulas de tiro.

Apesar de conversarem, acho que consegue perceber que sua aparência descontraída é uma fachada. É esperta e compreendeu que aquele calor humano que ele demonstra, tem exatamente dois centímetros de profundidade. O homem possui um bloco de gelo no lugar do coração. E é justamente ele quem lhe faz companhia nesse exato momento.

A intenção ao trazê-la hoje, era ficar exclusivamente ao seu lado, mostrando um pouco do meu mundo. Mas assim que chegamos ao nightclub, Minho disse que precisávamos tratar de um problema inadiável

CHAELISA: Proteção na máfia? (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora