1.1 - Lição 11: Criminosos também estudam

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"Ele olhou diretamente nos meus olhos e acabou

Eu sabia que deveria me afastar, mas corri para mais perto"

🍒

Estava tudo escuro, o mais puro breu, a cabeça de Jungkook doía estupidamente conforme recobrava sua consciência aos poucos. O desespero e a ansiedade aumentam quando, ao tentar abrir os olhos, percebeu que estava vendado. Tentou então mexer os braços. Estava amarrado.

Não sabia onde estava ou a quanto tempo estava, mas suas costas, pescoço, ombros e pulsos estavam doloridos, sua boca estava desconfortavelmente seca e uma de suas pernas, dormente.

Ouviu um alto barulho e vozes ainda mais altas em imediata sequência.

— Eu já disse que não. Ponto final. — Disse uma voz calma e familiar.

— E eu já disse que estou extremamente contra essa sua decisão. Porra, fala sério. — Disse uma segunda voz, já não tão calma. — Será que eu sou o único que vê o quanto isso é uma burrice do caralho?

— Você é o único que tem coragem o bastante para expor sua insatisfação aos berros, isso com certeza. — Disse uma terceira voz, bem humorada.

Jungkook tentava, de alguma maneira, se soltar das amarras, que apesar de apertadas, não eram firmes. Fez força com os pulsos, repetidamente e com talvez mais calma do que achava possível dado seu nível de ansiedade, até que o nó se desatasse, mas segurou a corda no mesmo lugar da melhor forma que podia para não levantar suspeitas.

— Eu já tomei minha decisão. Não sei o porquê de ainda estarmos tendo essa conversa.

— Tá. Tá legal. — Houve uma pausa e Jungkook ouviu passos. — Eu vou simplesmente não te ouvir, já que é assim.

Sentiu o material gélido se encontrar com a parte traseira de sua cabeça e não conseguiu segurar o arrepio que percorreu seu corpo. Como num flash, suas últimas memórias antes de desmaiar invadiram sua mente.

A festa, o leilão, a Neon Kitty, Cherry.

Cherry é Jimin e Jimin é Cherry.

Sua ânsia de vômito foi quase incontrolável.

Ele ainda não sabia onde estava, mas sabia que definitivamente estava em perigo.

— Não se atreva. — Era Jimin, ele reconhecia.

— Me atrevo, sim. — A arma foi destravada. — Ele está apagado então nem vai sentir. É uma morte caridosa, então você deveria me agradecer. Pow e acabou.

A sala caiu em um tenso silêncio e os pensamentos de Jungkook também. Haviam duas opções claras:

Ficar e morrer ou tentar fazer alguma coisa (e muito provavelmente morrer, também).

— Precisa acreditar em mim quando eu digo que entendo seu ponto. — Jimin foi interrompido.

— Não, não entende! — Elevou a voz. — Porra, tá brincando comigo? Isso é loucura, eu sei disso, você sabe disso, todo mundo aqui sabe disso! Mas, por algum motivo, ninguém se importa.

— Você não confia em mim? — Jimin disse.

— Eu tento. — A voz respondeu. — Eu tento. Muito.

— E não consegue?

— Não quando você dificulta as coisas desse jeito.

Silêncio.

— Não vamos matá-lo. Vamos dar outro jeito.

Mais silêncio.

Jungkook não pensou muito (na verdade, não pensou nada) antes de agir, com uma mão agarrou a arma e a mirou para o alto, com a outra, pegou o braço da pessoa e a jogou por cima de seu ombro, a desarmando.

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⏰ Última atualização: Jan 18 ⏰

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Cherry Hell | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora