0.3 - Lição 03: Reencontros nem sempre são agradáveis

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"Você é o garoto que assassinou o amor

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"Você é o garoto que assassinou o amor

Mãos frias e um coração de pedra

Você é um Midas ao contrário

Você é o rei da dor e mágoa"

🍒

Disfarçada como um simples depósito de entulhos para obras do governo, no meio do nada, a base subterrânea da Neon Kitty era um ambiente praticamente impenetrável.

Isso se, conseguisse encontrá-la.

O galpão era grande, com dois andares, materiais de construção e ferramentas espalhados por toda a parte. No canto esquerdo, ao fundo, existiam seis barris, que seguiam a disposição de pinos de boliche, cheios de areia e cobertos por uma lona azul. O tonel do meio, na última fileira escondia um alçapão, que descia com o auxílio de uma escada para um pequeno cômodo escuro e empoeirado com nada além de um elevador fora de serviço, completamente comum.

O elevador, na realidade, era uma porta, ativada por leitura digital, retina, comando de voz e uma senha de vinte dígitos. Comandos de alta tecnologia, silenciosos e discretos para qualquer um que não fosse treinado o bastante ou estivesse ali sem querer pudesse perceber.

Um sistema a prova de curiosos.

Mesmo assim, houveram algumas tentativas, doze no total. Nove homens e três mulheres.

Todos foram mortos, é claro.

Entretanto, nem toda a cautela do mundo é o suficiente para impossibilitar um invasor extremamente específico de entrar sem ser visto pelos seguranças ou por qualquer recruta.

Por isso, quando a porta da sala de reuniões se abriu, Jimin já sabia quem era.

E, também, já imaginava qual era o assunto.

— Faz tempo. — Ele iniciou o assunto. — Para alguém que disse que jamais voltaria, você veio até que bem rápido... — Cantarolou baixinho.

— Se não queria que eu entrasse, então por que não simplesmente tirou o cadastro da minha digital? — O rapaz respondeu, cruzando os braços e se apoiando no batente da porta.

A sala estava escura, apenas as arandelas e a luminária de leitura em cima da mesa estavam acesas, Jimin não tinha muita noção de quanto tempo se passou desde que começou a sua leitura noturna, mas ao julgar pelo corredor extremamente silencioso, provavelmente já passava das duas e meia ou três da manhã

— Entendo... Acho que nenhum de nós é capaz de cumprir uma simples promessa. — Sorriu e cruzou as pernas, ajeitando sua postura. — Mas se queria me ver, só precisava dizer e eu marcaria hora para tomarmos um chá e colocar o papo em dia. — Indicou a cadeira na extremidade oposta da mesa, onde o outro foi se sentar, de prontidão. — Sinta-se em casa.

Cherry Hell | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora