0.1 - Lição 01: Ser pontual é essencial

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"Eu morreria por você, isso é fácil de dizer

Temos uma lista de pessoas que nós tomaríamos

Uma bala por eles, uma bala por você

Uma bala por todos nesta sala."


🍒


Cherry costumava ser estrategista.

Invadir, saquear e sair sem nem ser visto por possíveis delatores.

Matar? Apenas se fosse indispensável.

Vante, por outro lado, era fã contumaz de uma boa algazarra.

Um exibicionista despudorado, não sairia do local até ter certeza que alguém chamou a polícia.

Matar? Sempre que possível.

Entretanto, suas tão diferentes táticas de combate, acabavam por ser complementares na prática.

Jimin matava quem quer que entrasse em seu caminho e Taehyung matava todo o restante.

— Se você me disser quem foi o merda que te mandou me espionar... — Se agachou e tomou em mãos o rosto do rapaz no chão. — Pode ser que ele te deixe vivo. — Apontou com a cabeça para seu fiel parceiro.

O pobre imberbe chorava copiosamente, com hematomas de variadas cores e tamanhos, roupas enodoadas de poeira e sangue seco e cabelos desgrenhados.

— Responda o que ele perguntou, seu pau mandado de merda! — Vante lhe deu um chute nas costelas com força.

O sorriso esgarçado de dentes afiados na máscara alabastrina com detalhes rosáceos e áureos, escondia com perfeição o semblante trombudo que Cherry apresentava naquele momento. Aquela era terceira vez em um mês que atinavam um espião cercando o perímetro de sua base, estava começando a ficar cada vez mais paranoico.

— E-Eu não fui... mandado... por ninguém, eu juro, senhor. — Disse, esbaforido.

O rosado apenas revirou os olhos e largou o rosto do desconhecido, emputecido. Se pôs em pé, com a postura perfeita, deu um respirar pesaroso, negando com a cabeça.

Taehyung deu mais um chute no rapaz, em suas costas dessa vez e foi, calmamente, até Jimin.

— Você está bem? — Colocou a mão no ombro do rapaz, lhe oferecendo conforto.

— Não. A pessoa que está planejando essa coisa não chegou nem perto de conseguir, por enquanto. — Ressaltou. — Mas não significa que isso não vá mudar, eventualmente. — Passou a mão pelos fios cor de rosa.

Vante lhe vascolejou de maneira sutil, lhe passando refrigério pelo olhar sereno atrás de sua máscara de tigre cerúleo neon e negro. Seu toque alteou até a face do menor, deparando-se com o plástico duro de seu disfarce e o puxou, revelando a verônica harmoniosa de Park Jimin para que pudesse lhe admirar por alguns segundos.

— Vamos conseguir, chefe. Nem que matemos todos eles, um por um. — Retirou sua própria máscara e a jogou no chão.

O homem caído ao chão estava espantado, tremendo de nervoso, vendo ali as facetas bem esculpidas de Jimin e Taehyung, atormentado, agarrou o telefone e abriu o aplicativo da câmera, bateu uma foto tremida e, quando estava prestes a enviar a imagem, Taehyung lhe deu um tiro na mão e o homem soltou um bramido agonizante de padecimento.

— Acredita nesse filho da puta? — Apontou o rapaz com o cano da arma.

Chegou bem perto do sujeito que grunhia neurastênico e puxou-o pelos fios escuros, forçando-o a encarar Jimin.

Cherry Hell | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora