Crowning Destinies

꧁ Capítulo 11 ꧂

Atlas Williams

Depois de uma manhã cansativa, entrei no meu quarto e fui direto para o banheiro. Tirei minha roupa e entrei na banheira, mergulhando minha cabeça até precisar de ar novamente. Terminando o banho, caminhei até minha cama e me deitei, fechando os olhos. Passei a mão no cabelo, tentando relaxar e tirá-la da minha cabeça.

Mas a porra do meu cérebro tenta me castigar, fazendo-me lembrar do sorriso dela, quando sorriu para mim na minha sala depois de uma das minhas provocações. Os seios dela que pareciam querer sair naquele vestido, os olhos curiosos e a boca carnuda.

Começo a sentir calor e fico ofegante. Levo minha mão até meu mebro,mas não posso continuar com isso. Então levanto da cama, visto roupas limpas, vou até a mesa de bebidas e encho meu copo de whisky. Vou até a varanda e vejo ela e a amiga entrando no jardim. Me contenho da vontade de ir até lá, não tem motivo para ir, não tenho nada para fazer lá.

Ela é como uma doença, apenas tê-la por perto já me consome. Não acho que isso vai ser bom para o passeio, não vou conseguir me conter. Já foi um esforço nas duas últimas vezes.

O barulho da porta se abrindo me tirou dos pensamentos. Pego minha espada e fico atrás da porta. Quando vejo que a pessoa entrou, eu a empurro para a parede, colocando a espada no pescoço, e vejo o sorriso do meu querido irmão.

━ Não fode, cara. Sai de perto ━ ele fala me empurrando, e eu abaixo a espada sem tirá-lo da parede ━ O quê? O que eu fiz dessa vez?

━ Você entrou no meu quarto sem pedir permissão, Andrew. Como você tem acesso à senha da porta? Porra ━ Já é a quarta vez que mudo a senha por causa dele. Eu o solto e ele me olha com a cara fechada enquanto arruma a camisa.

━ Sabe como é o tédio nesse palácio? Ele faz a gente fazer cada coisa para sair dele que às vezes tive que usar seu quarto para... ━ ele fala com naturalidade, como se transar no meu quarto fosse normal.

━ Não quero saber nada da sua vida sexual, Andrew ━ interrompo antes que ele comece a falar merda, e volto a beber meu whisky.

━ Você me trata tão mal, mas eu, seu pobre irmão mais novo e único, vim aqui para te convidar para beber ━ fala enquanto se senta na minha poltrona e coloca a mão no coração, o que me faz revirar os olhos, e ele sorri.

━ Não acho que seja uma boa ideia. Vamos ter que sair com uma das damas ainda hoje, ou já se esqueceu? ━ me aproximo dele e ele tem um sorriso divertido no rosto.

━ O que foi? ━ pergunto a ele.

━ Nada, só estou aqui percebendo que a moça conseguiu entrar na sua mente. Você não parou de pensar nela, não foi? ━ eu rosno e me afasto dele, servindo-me mais whisky.

━ Para de falar merda, cara ━ bebo um gole do whisky.

━ Ei, eu nunca falo merda, vamos, me responda. Ou eu estou errado? Vai me dizer que ela não está te tirando o sono, maninho? ━ ele fala "maninho" com voz de criança, e eu jogo o travesseiro na cara dele. O idiota só ri e abraça o travesseiro. ━ Qual era o nome dela mesmo?

━ Não te interessa o nome dela. Chega desse assunto ━ bebo o whisky de uma vez e vejo meu irmão se aproximar.

━ Já gozou pensando nela, não foi? Não fica tímido, todo mundo já fez isso, maninho ━ fala, me provocando, e começa a rir quando não respondo nada.