Prólogo

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Valentina andava de um lado para o outro, com as mãos na raiz de seus cabelos

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Valentina andava de um lado para o outro, com as mãos na raiz de seus cabelos. Eu a acompanhava com o olhar, sem saber o que dizer e nem se deveria dizer algo.

Aquele laboratório, que antes era familiar para mim, por um momento, não parecia mais familiar. Nunca notei o quão gelado e apagado ele era... Valentina sempre o alegrava, cantarolando, rindo e pedindo para que eu saísse enquanto eu tentava arrastá-la para a minha sala.

Deve ser por isso que ele não está como antes... Valentina está chorando.

Ouvia seus sussurros, a guerra que acontecia internamente em sua cabeça. Quando seus olhos finalmente pousaram em mim, eu não quis acreditar no que estava prestes a acontecer.

— Não dá para continuar assim. Eu estou cansada.

— Tina... — murmurei, tentando puxá-la para mim, mas foi em vão. — Por favor.

— Isso sempre foi um erro. — Sua voz saiu falha e quebrada. — Nós dois... — Ela balançou a cabeça. — Eu estou cansada — sussurrou.

As palavras dela me acertaram em cheio, como se navalhas estivessem perfurando e destroçando o meu coração. Não sei em que momento tudo mudou. Não sei em que momento o que tínhamos se tornou isso; não sei em que momento ela constatou que não dava mais; não sei em que momento eu me apaixonei por ela.

Um amor proibido, eu sabia.

Não queria concordar com ela, mas ela estava certa. Nós dois estávamos fadados àquilo. Não havia para onde fugir, não havia o que tentar mudar.

É o que é no final de tudo.

química || matteo & valentinaOnde histórias criam vida. Descubra agora