Capítulo 11

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"I confess to you, my lovely lover
You're the one I've been dreaming of
I confess to you, my heart finds solace
[...] Your love is a sweet dream"
— Confess To You, Lim Kim

Shin Soomin

— Manda uma mensagem ou um sinal de vida, noona. Vai que ele é um tarado... — Joohyun cruzou os braços e apoiou no batente da porta do meu quarto enquanto me observava pegar um cachecol.

— Aigoo, ele não é um tarado, Joo. Não precisa se preocupar! — Ri enquanto enrolava o tecido ao redor do meu pescoço — Mas se te deixa mais tranquilo, eu envio uma mensagem, tudo bem?

— Acho bom mesmo. E se ele não te tratar como a princesa que você é, me avisa que eu desço a porrada nele, noona.

— Você não tem coragem de matar uma mosca direito, menino — Apertei sua bochecha ao passar por ele, que riu baixo e veio atrás de mim.

Foram cerca de 15 minutos até que eu chegasse no local onde combinamos de nos encontrar. Joohyun, como o doce de pessoa que ele é, não hesitou em me ajudar assim que contei sobre o encontro com Taehyung.

Eu entendo que ele fique preocupado por eu não estar saindo com uma pessoa totalmente conhecida ou algo do tipo, mas admiro o quanto ele me apoia quando se trata de buscar a minha felicidade.

Quer dizer, fazia um tempo que eu não me permitia sair com alguém que faz meu coração acelerar. Ele está ciente de toda a situação com Kim Namjoon, mas foi diferente. Dessa vez, nós dois parecemos ter consciência de que é algo maior. E isso não precisa ser dito em voz alta.

Quando saí de casa Chaewon já havia ido para o serviço e Nabi havia pego no sono no sofá. Não quis acordar a pequena porque ela choraria se eu dissesse que estava prestes a sair e seria mais complicado.

Joohyun, então, mais uma vez salvou minha pele. Ele se prontificou de que cuidaria de Nabi como sempre fez e que eu poderia ficar tranquila e curtir minha noite sem me preocupar.

Passavam das oito quando cheguei em frente ao café da Mi-Joo. O cachecol realmente caiu como uma luva nesse vento invernal cortante, em especial durante à noite.

Assoprei o ar quente ao fazer uma concha com as mãos e posiciona-las em frente à minha boca. Logo as esfreguei e enfiei-as no bolso do casaco, olhando fixamente para a vitrine de uma loja do outro lado da rua.

Desviei meu foco quando escutei o barulho de uma batida de porta de carro. Percorri a rua com os olhos e logo vi Taehyung sair do carro, vindo em minha direção. Esse homem é a elegância em pessoa, não é possível.

Nesse momento percebi as breguices que um coração acelerado é capaz de fazer. Como se eu estivesse em um drama, consegui vê-lo em câmera lenta. Os fios de cabelo dançando com o vento, a postura imperativa, os olhos enigmáticos presos em mim e uma das sobrancelhas arqueadas de um jeito que só ele consegue fazer.

— Você deve estar com frio — Foi a primeira coisa que ele falou ao chegar perto de mim.

— Oi? — Perguntei confusa após deixar meus devaneios de lado.

— Seu nariz está um pouco vermelho — Ele sorriu pequeno e tocou-o com cuidado, assentindo ao senti-lo gelado — Vem, vamos entrar no carro.

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