Alan

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Ana.

Eles fizeram? Sério? Claro que fizeram o que um casal faz sozinho no quarto? Eu saí correndo até o meu quarto, entro e começo a chorar.

— Ana?

— Quem é?

— É o Alan, vi você correndo, o que aconteceu?

— Não quero falar sobre.

Ele entra no meu quarto e fecha a porta.

— Ei, sou eu, lembra? Pode contar comigo.

— Eles estavam trepando, como eu pude ser tão idiota todos esses anos? Eu esperei, eu me guardei, que ódio não é possível que isso esteja rolando comigo só por eu ser uma pobre.

— Ei, calma — ele me abraça e fico com a cabeça encostada em seu peito — eu sei, entendo você, mas por que então não vira essa página? Encontra alguém, faz com quem você quiser, viva o que nunca viveu.

— Não sei se é uma boa ideia.

— Está com medo?

— E eu também sou virgem, eu nem saberia como.

— Por que não fica comigo?— tiro meu rosto assustado.

— Como assim?

Ele se aproxima do meu rosto, buscando encontrar minha boca.

— Eu preciso dormir um pouco — Falo para ele, me afastando.

— Sempre pode contar comigo, tá bom? Sempre, qualquer coisa me chama.

— Está bom.

Passei um bom tempo ali no meu quarto vendo o teto girar e me questionando se valeu a pena todas as minhas fantasias, não existe príncipe encantado, não existe nada disso, livros são livros, histórias são histórias, tenho meu direito, de beijar, pegar, amar quem eu bem-quiser com toda certeza eu sou uma mulher livre.

Peguei no sono com a certeza de que acordaria, seria alguém melhor, com mais certeza de mim mesmo, não dependo dele,  apenas dependo de mim mesma, já sou maior de idade e vou viver minha vida.

Acordo com minha mãe me chamando.

— Filha, me ajuda a lavar a roupa.

— Nem deve esta sujo, usam a roupa cinco minutos e depois colocam para lavar.

— Já viu quantas roupas eles tem?

— Sim, e não tem necessidade.

— Não discordo.

— Mãe. 

— Eu?

— Você aprontava muito na minha idade?

— Bom, eu era uma pessoa que vivia, dígamos assim.

— Eu quero fazer isso...

— Já estava na hora, não é? Não faça nada que eu não faria.

— Você faria sexo?

—  Com camisinha, você diz? — Falo enquanto dou risada.

— Está bom. Então vamos, vamos, pois trabalhar é parte de viver.

Eu lavava enquanto pensava em tudo e tomei uma decisão: quero perder a virgindade! Sem namorar, homens usam a gente, então eu posso usá-los também.

Mais tarde, 

Eu subo até o quarto do Alan e bato na porta.

— Quem é?

— É a Ana.

— Entra aí.

Entro e fecho a porta.

— Tá tudo bem? Parece vergonhosa.

— E que.. Queria pedir uma coisa.

— O que você quiser.

— Tira minha virgindade?

Lábios de melOnde histórias criam vida. Descubra agora