Namorada? Namorada? Namorada? Eu não acredito, não acredito mesmo, essa vaca, pego ele? Para que servem olhos tão bonitos se não consegue ver quem deveria ser sua namorada, Andrew? Eu sou uma piada, eu não acredito. Meus olhos se encheram de lágrimas, dei as costas e fui para a cozinha na frente.
— Talvez você tenha criado uma fantasia na sua cabeça— Alan aparece do nada atrás de mim.
— Talvez.
— Esquece ele, segue em frente, uma gata como você vai conseguir alguém.
— Acho que as pessoas não curtem alguém que mal sabe beijar
A família entra na cozinha, todos estão sentados esperando eu e minha mãe servi-los, colocamos os alimentos em cima da mesa e minha mãe se sentou, porém, eu fui para meu quarto.
— O que ela tem? — perguntou o Andrew.
— Chama ela, Andrew — disse Alan.
Entrei no meu quarto e comecei a surtar ali, socando meu travesseiro.
Barulho na porta.
— Entra.
Andrew aparece, tento esconder minhas lágrimas, mas meu olho já está completamente inchado.
— Você está bem?
— Sim e você?
— Foi uma pergunta por educação, mas claro que você não está bem, mas o que aconteceu.
— Não precisa se preocupar com isso.
— Eu senti sua falta — falou ele envergonhado.
— Eu senti também— comecei a chorar.
— Fiz algo errado?
— Eu deveria ter aproveitado mais nosso beijo— falei em voz baixa.
— Isso foi há muito tempo, escuta, mesmo que estivesse solteiro, não poderíamos ficar juntos?
— Mas por que não?
— É complicado. Sei que não está bem, mas gostaria muito de você lá em baixo.
— Vou descer, afinal tenho que trabalhar.
— Está bem.
Respirei fundo, lavei meu rosto e fui para a cozinha.
Passamos um bom tempo conversando, até que todos se cansaram e aproveitaram o resto do dia, claro que fiquei para cuidar da cozinha.
— Sua comida estava ótima. — Eric, irmão de Andrew, comenta.
— Para você, está elogiando, estava mesmo.
— Quem vê pensa que não tenho coração— ele fala com tom de piada.
— Você tem?— começo a rir.
— O que está te incomodando?.
— Como você?
— Psicanálise é minha diversão.
— Seu irmão disse que, mesmo que ele estivesse solteiro, não poderíamos focar juntos.
— Ele é um babaca.
— Sim, como pode dizer uma coisa dessa para mim.
— Ele é um babaca por falar isso e não dizer o motivo — completa ele.
— O que você quer dizer com isso?
— Você está aqui bom.. Desde sempre conhece nossa família e bom meu pai também, ele visa a imagem do nosso nome, me diz o que diriam se vissem um filho kordei com uma empregada? De classe social média.
Eu travei e fiquei sem reação.
— Eu sei como deve doer em você, porém precisava saber a verdade, mas não o culpe, não é? Ele é nosso pai falando na nossa cabeça para sempre ser certinho, pois qualquer coisa estragaria nossa imagem.
— Obrigada por falar a verdade.
— Magina.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lábios de mel
Genç KurguComo é morar na casa de rico? não é complicado, complicado é tenta conquista o incontestável, ser uma menininha apaixonada por um gostoso rico é o conto de fadas mais surreal que existe.