- Praia! Praia! Praia! Praia! - As crianças, nos bancos traseiros, cantavam em uníssono. No banco passageiro, Toji cantava também, mas só para ver a cara de raiva de Jin por causa do barulho.
- Já chegamos, papai Jin? - perguntou Kechizu, sorrindo.
- Estamos quase chegando - falou Jin. - Que tal você e seus irmãos ficarem quietinhos por um momento? Devem estar cansados de ficar cantando esse tempo todo...
- Não, estamos bem!
Jin suspirou, exasperado, e Toji caiu na gargalhada. Duas horas depois, ainda cantando, as crianças comemoraram quando eles estacionaram ao lado de um chalé. Uma rua o separava da praia ensolarada e vazia, e as folhas das palmeiras se esvoaçavam com o vento quente.
Jin havia pedido uma semana de folga do trabalho, e iria aproveitar para passar o tempo com a família e procurar por uma nova escola, já que todas as crianças haviam sido expulsas. Talvez Toji tivesse tido uma parcela de culpa naquilo, já que havia ido à diretoria xingar todo o corpo docente e chamá-los de irresponsáveis por não notarem o que sua filha estava passando.
Jin não estava bravo, de fato, mas ainda deu uma bela bronca em todas as oito crianças (sim, os bebês Megumi e Yuji também estava incluídos na conta, já que ficaram brincando de se bater depois). Mas assim que terminou o sermão, ligou para seu chefe e pediu os dias de folga. E pediu a seu pai a chave do antigo chalé na praia que Jin e Wasuke costumavam ir quando ele era pequeno.
As crianças saíram correndo para dentro do chalé, explorando o local. Jin entrou e começou a remover os colchões que cobriam os móveis. Toji veio por trás dele e colocou as mãos em sua cintura, apoiando o queixo na curva do pescoço de Jin.
- Isso vai ser bom. Para nós e para as crianças - falou. - Eles vão brincar até desmaiar e não vão nos perturbar durante a noite.
Jin se desvencilhou das mãos dele e deu um tapa no braço de Toji. O maior riu e deu um beijo na bochecha de Jin antes de correr até onde as crianças estavam para ajudar a desfazerem as malas. Jin olhou para o marido e os filhos... e sorriu.
Ele amava aquela família. Mais do que tudo, mais do que a própria vida. E Jin não sabia o que acabaria fazendo se os perdesse.
Jin levou a mão até o peito, sentindo as batidas de seu coração contra a palma. Como se estivessem conectados por algo maior, Toji parou de correr atrás das crianças, colocou a mão no peito e se virou para Jin com um sorriso maroto. O rosado imediatamente corou e virou o rosto para o lado, sentindo-se nu diante do olhar dele.
Talvez ele estivesse ansioso demais com a hora de colocar as crianças para dormirem.
...
Eles fizeram uma fogueira na praia e assaram marshmallows. As crianças começaram uma cantoria sem sentido — algo sobre estrelas e sapatos feios — e Toji teve a brilhante ideia de dar um marshmallow para Megumi, o que o fez ganhar um belo galo na cabeça dado por Jin.
- Sem doces antes dos dois anos de idade! - disse o rosado, irritado.
- O Megumi e o Yuji não podem comer doces? - perguntou Choso, ficando pálido de repente.
- Não, por que? - perguntou Jin, desconfiado. - Você deu alguma coisa para eles?
Choso se encolheu levemente e Eso gritou:
- Ele molhou o dedo no refrigerante e colocou na boca do Yuji! E depois deu sorvete pro Megumi!
- Choso! - Jin gritou, colocando as mãos na cintura.
- Seu boca de saco furado! - gritou Choso para o irmão. - Papai, me desculpa! Eu não sabia que não podia dar doces! Eu prometo que nós faço de novo!
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Casamento por Conveniência
FanfictionE se Fushiguro Toji, depois de morrer em Shibuya, acordasse no dia do enterro de sua primeira esposa? O que fazer agora, quando seu filho é, de novo, um bebê de um ano e seis meses? A resposta é óbvia: case-se com um cara desconhecido que conheceu n...