Jin terminou de amarrar a gravata e saiu do quarto. Na mesma hora, a porta do quarto de Toji, que ficava ao lado do de Jin, se abriu e o moreno saiu apenas de calça moletom, o tronco musculoso completamente exposto. Jin, imediatamente, paralisou onde estava, completamente corado. Toji olhou para ele e sorriu.
- Bom dia - cantarolou. - Obrigado pelo quarto. A cama era muito confortável.
Se possível, Jin ficou ainda mais vermelho.
- D-de nada... - falou, baixinho. Ele se virou e quase correu até às escadas. - Vamos tomar café!
...
Toji desceu as escadas e encontrou Jin preparando a papinha de maçã que Megumi e Yuji comiam. O moreno andou até os armários e começou a pegar as louças do café da manhã, as colocando sobre a mesa.
Eles trabalharam em silêncio, ocasionalmente movimentando-se pela cozinha para pegar tal coisa ou fazer tal coisa. Assim que terminou a comida dos bebês, Jin subiu para acordar os garotos e voltou minutos depois com ambos no braço. Yuji estava energético como sempre, mas Megumi possuía uma expressão mal-humorada e de quem não havia dormido direito.
- Acho que o Megumi-kun ainda não se acostumou com o novo berço - disse Jin, colocando os bebês nas cadeirinhas. - Como era o antigo berço dele, Toji-san? Vou tentar deixar o atual mais parecido.
Toji segurou a xícara de café entre os dedos, se lembrando do berço de madeira podre e do quarto sujo e empoeirado. Uma gota de suor escorreu pela sua testa e ele levou a xícara de café até os lábios, tomando um longo e ruidoso gole.
- É só falta de costume. Daqui a pouco ele vai estar dormindo como uma rocha - falou.
Jin tombou a cabeça para o lado, confuso, mas não insistiu.
- Eu vou trabalhar hoje de manhã, mas estou de volta à tarde - falou. - Toji-san, consegue cuidar deles por algumas horas?
- Claro - Toji terminou de beber o café e colocou a xícara na pia. - O que pode dar errado?
...
Tinha dado tudo errado.
Toji encarou, pasmo, o cercadinho no centro da sala. Os bebês... Eles tinham sumido.
- Megumi! Yuji! - Toji começou a vasculhar a casa inteira, abrindo todas as portas e armários. - Cadê vocês?! MEGUMI! YUJI!
Toji olhou debaixo da cama no quarto de Jin e viu um dos quadrados coloridos de Megumi. O pegou, cheirou, e então inspirou profundamente.
- É CLARO QUE ISSO NAO VAI FUNCIONAR! - ele jogou o quadrado para o outro lado do quarto e saiu correndo de volta para o corredor. - MEGUMI! YUJI!
- Babau! - Toji paralisou onde estava e se virou lentamente para trás, olhando para o topo da escada. Yuji estava lá... a menos de um centímetro do primeiro degrau.
Sem pensar duas vezes, Toji tensionou as pernas e subiu a escada em um piscar de olhos, pegando Yuji no braço antes que caísse. Toji se recostou no corrimão, pálido e olhou para Yuji, que abriu um sorriso cheio de dentinhos.
- Não quero nem saber como você subiu a escada - murmurou Toji. - Agora, cadê o seu irmão?
- Xailu! - Yuji gritou, balançando os punhos, sem parar de sorrir.
Toji tombou a cabeça para o lado, confuso.
- Xailu? Xailu... - repetiu, baixinho. - Xailu... Quer dizer que ele saiu?!
Yuji soltou um gritinho e Toji desceu correndo as escadas, saindo para o jardim. Olhou para todos os lados, procurando o bebê, e o encontrou dormindo ao lado de um arbusto florido. Toji olhou aquilo, exasperado e andou até o filho, o pegando no colo também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Casamento por Conveniência
Fiksi PenggemarE se Fushiguro Toji, depois de morrer em Shibuya, acordasse no dia do enterro de sua primeira esposa? O que fazer agora, quando seu filho é, de novo, um bebê de um ano e seis meses? A resposta é óbvia: case-se com um cara desconhecido que conheceu n...