Capítulo 9

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Toji encarou os três frascos em cima da mesa da cozinha de braços cruzados.

Fetos... Aquelas coisas eram fetos.

Fetos Amaldiçoados.

Toji estremeceu e pegou os frascos, os colocando delicadamente de um por um dentro da bolsa que carregava.

Jin iria pagar por aquilo.

...

“- Fetos Amaldiçoados? - perguntou Jin, dando uma mordida no hambúrguer que Toji havia roubado (lê-se 'comprado') para ele.

- Sim. - Toji colocou os três frascos na frente de Jin. - Quando eu estava lutando contra aquela Maldição, eu agarrei um desses frascos e o enfiei na garganta daquele bicho. A Maldição, literalmente, explodiu. Foi aí que eu me lembrei de ter lido uma vez sobre um feiticeiro jujutsu chamado 'Kamo Noritoshi'.

- Kamo Noritoshi?

- Foi o feiticeiro mais maligno da história - explicou Toji. - Ele fez vários experimentos com humanos, e um destes experimentos foi com uma garota humana capaz de engravidar de uma Maldição. Ele a fez engravidar nove vezes, e a fez abortar todas as vezes. Eu só encontrei estes três fetos por acaso, e os outros seis ainda estão em posse do Colégio Jujutsu.

- Oh... - Jin olhou para os três frascos. - Coitadinhos... O que vamos fazer com eles?

- Vou vender no mercado negro. Alguém vai dar um bom preço por eles e... Ai! Por que me bateu? - Toji perguntou, com as mãos sobre a cabeça, onde tinha sido atingido.

- Eles salvaram as nossas vidas e você quer vendê-los?! DE JEITO NENHUM! - Jin gritou, balançando os punhos na direção de Toji.

- O QUE VOCÊ QUER FAZER ENTÃO? FICAR COM ELES?!

- SIM! ELES VÃO SER NOSSOS FILHOS TAMBÉM!

- ELES NEM TEM CORPOS! COMO VOCÊ QUER QUE SEJAM NOSSOS FILHOS?!

- NÓS VAMOS DAR UM JEITO NISSO!

Toji abriu a boca para reclamar, mas Jin o olhou com uma expressão mal-humorada que o fez calar a boca imediatamente.

Toji suspirou e revirou os olhos.

- Tá bom! - falou. - Mas não entendo esse negócio de 'dar um jeito'. Eles precisam de corpos humanos já desenvolvidos. Não é como se nós pudéssemos roubar cadáveres de crianças e implantar os fetos dentro deles para que possam possuí-los e... - Toji parou de falar ao ver a expressão sorridente de Jin. - Ah, não! Não! NÃO!

- Hehehe! - Jin pegou os frascos e os segurou contra o peito. - Nós vamos ser uma família!

- EU AINDA NÃO CONCORDEI COM ISSO!”

...

Toji pulou a grade do cemitério, caindo tão silenciosamente de pé no chão que nem pareceu humano por um momento. Ele olhou ao redor, vendo que não havia ninguém por perto, e começou a vasculhar os túmulos.

Um túmulo de criança que tenha morrido recentemente... Aquilo não seria fácil.

Jin realmente iria pagar caro por obrigá-lo a fazer aquilo.

Praguejando baixinho, Toji andou por mais alguns minutos até achar um túmulo cuja terra estivesse recém-mexida. E a lápide...

Ahá! Ali estava! Um garoto de dez anos de idade.

Toji juntou as mãos, fez uma breve oração pedindo por perdão e pegou a pá de dentro da bolsa, começando a cavar.

...

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