CAPÍTULO VII

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✨️Olá, leitores. Desculpe a demora, hoje o dia foi... estressante, para dizer o mínimo. Só não podia deixar de postar. A partir da semana que vem acho que só poderei trazer mais capítulos no final de semana.

*ALERTA DE VIOLÊNCIA*

POV: FREYA
Arena do Acampamento.

Foi tudo muito rápido e a única coisa que senti foi uma lâmina passando pelo tecido da minha blusa. Acabei cambaleando para trás, escutando os gritos ao redor e vendo Clarisse se aproximando novamente com um sorriso no rosto. Ela começou a me arrudiar e não tirava os olhos de mim. Como não tenho medo da morte decidi provocar um pouquinho.

-- Quer tirar uma foto? Dura mais, sabia? Disse acompanhando ela com o olhar e lhe encarando com um sorriso. Ela me olhou surpresa.

-- O que disse, garota? Ela olhou para mim, só que dessa vez zangada e até tentou atacar, só que eu desviei. Esquentadinha.

-- Olha, além de surda é lenta também? Ouvi um grande murmúrio das pessoas ao redor.

-- Quem você pensa que é, βλάκας (idiota)? Acho que precisa aprender um pouco sobre as regras do Acampamento, não está em uma colônia de férias. Ela disse já em posição de ataque.

-- E quem vai me ensinar? Você? Foram minhas últimas palavras até ser atingida com força no rosto pelo escudo de Clarisse.

-- Deveria lutar mais e falar menos, mas vejo que cão que ladra não morde. Ela disse se afastando, me dando a chance de me levantar. Ela estava se divertindo com aquilo, transformando tudo em um show.

   Tentei atacá-la mas ela conseguiu desviar facilmente, acertando um chute nas minhas costelas me fazendo cair ajoelhada pela dor. Ela se agachou ao meu lado, segurou meu pescoço e apertou levemente.

-- Você chegou agora então vou lhe dar uma nova chance. Não me provoque, ou não irá gostar do resultado. Sussurrou perto do meu ouvido. Senti uma arrepio subindo pela minha espinha, acho que é o nervosismo. Ela estava quase se levantando como se a luta já estivesse ganha, ela só não contava com o chute em sua perna a fazendo cair. A multidão gritou novamente.

Me levantei e fiquei em posição de ataque olhando para ela como se aceitasse um desafio.

-- E o que você faria, θερμοκέφαλος (esquentadinha)? Disse lhe enviando um pequeno sorriso ladino. Seus olhos pareciam chamas, literalmente. Havia fogo em suas íris e eu percebi que passei um pouco do limite ali. Eu estava ferrada. Pelo visto ela ainda estava se segurando.

Não vi quando ela se moveu, vi apenas o cabo da sua espada acertando a mão direita onde se encontrava a minha própria espada. Foi tão forte que ouvi o meu pulso saindo do lugar. Gritei de dor, mas ela não parou.

Ela continuou golpeando e eu tentando, inutilmente, me proteger com o escudo. Quando consegui me erguer tentei chegar até a minha espada que estava caída por perto, mas antes que chegasse uma lâmina passou por entre as minhas pernas, cortando minha coxa direita. Cai no chão dando outro grito de dor.

Já haviam cortes por todo o meu corpo, já estava sem a espada e o escudo. A única coisa que podia fazer era tentar desviar ou entregar a luta. Após um tempo ela largou o escudo e veio para cima apenas com a espada. Ela começou a golpear incessantemente e eu tentava desviar e me proteger com as braçadeiras de metal que me foram entregues.

Ela golpeada cada vez com mais força e meus braços já estavam cansando, até que com um forte golpe escutei o meu outro pulso saindo do lugar. Gritei novamente e ela parou.

-- Entregue a luta, já não foi humilhada o suficiente? Ela disse com os olhos irritados sem paciência. Como sempre, não consigo segurar minha língua.

-- Já está cansada, αγάπη (amor)? Pensei que os filhos de Ares fossem mais resistentes. Disse ainda no chão, com os pulsos machucados e a perna direta cortada. As vezes eu acho que gosto do perigo, sabe?

   Ela não disse nada e se preparou para dar um último golpe. No meio do seu movimento o mundo pareceu ficar em câmera lenta. Eu não sentia mais os pulsos doendo e nem a perna. Foi quando vi sombras saindo de todos os lugares e como se soubessem que eu estava em perigo atacaram quem estava me atacando. Clarisse foi jogada alguns metros a frente e bateu com força no chão.

   Eu não sabia o que tinha acontecendo, apenas quando olhei em volta vi alguns olhares chocados e outros de pânico. Até que vi algo pairando sobre minha cabeça. Era como uma caveira feita de sombras, como se fosse uma fantasma. Minhas mãos tinham veias negras e ao meu redor sombras dançavam entre meu corpo. Pude ver meu reflexo pelos olhos de Clarisse que se levantava devagar pela batida. Estavam totalmente pretos.

   Foi quando olhei para ela e tudo pareceu voltar a minha mente. Lembrei de absolutamente tudo. Minha infância esquecida. Meu pai. Quando minha visão voltou para a arena, vi todos ajoelhados. Estavam se prostrando.

   -- Freya Smith, foi determinada por Hades. Filha do deus do submundo, das almas perdidas e dos mortos! Quíron disse também se prostrando. Olhei para frente e Clarisse me olhava ainda com raiva, mas havia algo mais ali.

✨️Esse foi o capítulo. Curto, mas acho que foi bom. Me digam se gostaram.

✨️ As protagonistas ainda iram brigar bastante, mas sempre vai ter alguma coisa ali.

✨️ Espero que a cena dela sendo reclamada tenha ficado boa. Estou com bloqueio criativo, então...

✨️ Um esclarecimento: a Clarisse aqui tem 14 anos, pesquisei e deu que ela tinha entre 14-18 anos durante a saga. Então decidi deixar 14 para não ter uma diferença de idade muito grande.

✨️Votem e comentem o que acharam.

✨️ Capítulo não revisado.

✨️ Bjs e até a próxima capivarinhas!

PALAVRAS: 964.

The Daughter of Hades - Clarisse La Rue (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora