Capítulo ⁰¹

4 0 0
                                    

Clara Miller.

Sinceramente...

Não sei muito bem como começar, talvez eu devesse perguntar se você está bem?

Olhando pela história que decidiu ler posso ver que não... Então! Eu sou a Clara.

É, a garota bonita... Inteligente, enfim foda, eu sou a garota foda que todas invejam.

Talvez eu possa estar parecendo um tanto quanto... Egocêntrica, mas ninguém é perfeita não é?

Sem mais enrolação, vou contar a você como eu virei minha vida de cabeça para baixo.

Para isso, temos que voltar um pouquinho, mas especificamente no dia em que conheci ele.

------------ ----- --- -- ---- - -- -

-Apenas sorria e acene Tracy, sorria e acene! -Disse a Tracy enquanto pegávamos uma taça de... Não sei bem o que era.

No momento, Tracy e eu estávamos em uma festa extremamente chique e elaborada organizada pela minha mãe.

Era sempre fabuloso para ela, e um inferno para mim.

Para você pobre que não sabe como funciona esse tipo de festa de gente rica. Sua mãe ( que nesse cenário é rica ) convida outras famílias ricas, e essas famílias ricas tem filhos.

Filhos homens.

Então essas outras famílias, olham você, filha linda de gente rica como uma chance de roubar a sua herança, e o jeito disto acontecer é se você casar com os filhos feios deles.

Um N-O-J-O.

-Como é que sorri rodeado de um bando de...

-Rapazes feios querendo te chame para sair? -Respondi a Tracy.

-Exato. -Disse enquanto revirava os olhos.

É raro, mas tem algumas festas que isso não ocorre.

A última vez que uma festa dessa aconteceu eu tinha 10 anos.

As coisas eram mais fácies quando minha única preocupação era ajudar o Peixonauta a abrir a Pop...

-Clara! -Exclamou minha mãe -Finalmente te achei! Parece até que você estava fugindo de mim!

E estava.

-O que foi minha mãe -Respondi com um sorriso amarelo.

-Eu gostaria que você... Isto é uma taça de whisky na sua mão? -Questionou a mesma.

Nessa hora não passava nem wi-fi.

-Eh... -Disse na tentativa de pensar numa desculpa a altura.

Não consegui.

-Estavamos segurando para meus pais, eles foram ao banheiro e pediram para a gente cuidar para eles. -Explicou Tracy, e sem seguida deu um sorriso ladino a mim pegando a taça de minha mão.

Deus a abençoe e ilumine para toda eternidade.

Amém!

Pelo visto minha mãe engoliu a lorota dela.

Se duvidar ela acredita mais na Tracy do que em mim.

-Bom, Clara poderia fazer o favor de acompanhar sua mãe? -Pediu a mesma.

-Como se eu tivesse escolha... -Murmurei.

Se ela tivesse ouvido teria levado um soco na boca.

Caminhamos enquanto íamos desviando de diversas pessoas que eu nunca vi nada minha vida.

Preferia estar morta.

De repente minha mãe parou e eu esbarrei na mesma.

Ela não deu nem um aviso.

-Ai! -Exclamei.

E ela nem deu bola para meu drama.

Revirei os olhos.

-Clara, está é a senhora Moss e...

Olha... Minha mãe tagarelava mais um monte sobre a senhora não sei o que, mas por alguma razão, contar as janelas da minha casa imensa estava mais interessante do que aquela babação de ovo.

Dez... Onze... Doze... Treze, A olha! Aquela ali tem até uma foto minha!

-Então Clara... O que acha? -Perguntou a mamãe.

Fudeu.

-Ah... O não sei muito bem... -Respondi enquanto cruzava os braços.

A cara de desgosto que minha mãe fez naquele momento não era possível descrever.

-Oh que fofa sua filha Lin! -Riu a tal senhora Moss.

Foi só ali que reparei naquela mulher.

Ela era... Velha, mas aparentava ser tão nova.

Plástica, certeza.

Era loira, dos olhos avelã e a pele rosada, com um sorriso meigo no rosto.

Quer ser minha mãe tia?

-Sua mãe e eu estávamos conversando sobre o fato de termos filhos com as mesmas fachas etárias. -Riu ela novamente.

Ala começou.

Não quero mais ela de mãe, some vai.

-A é? -Revirei os olhos novamente.

-Clara não seja grossa! -Ordenou minha mãe -A Evellyn tem uma filha e um filho da sua idade que também vai estudar na Victory College.

Essa informação já estragou meu voltas aulas.

-Só não entendi o que eu tenho haver com tudo isso... Sem querer ser grossa, claro. -Retruquei.

Tem algumas pessoas que tem medo, mas irritar a própria mãe é uma sensação de aventura ótima.

As vezes também tenho medo, mas Deus me protege.

-Uma garota ácida sua filha não é Lin? -Questionou Evellyn Moss, e a vergonha tomou posse do rosto de minha mãe.

O que é? Ela gosta de incomodar minha mãe?

E eu nunca vi Lin Miller deixar se sentir diminuída.

-Só com quem merece... Senhora Moss, tenho certeza que seus filhos se deram bem na Victory College, é uma ótima escola.

-Disto eu sei, eu mesma estudei lá, sua mãe por outro lado não passou, não é Lin?

-É, eu fiquei sabendo que antigamente a Victory deixava até mesmo a ralé entrar... Ainda bem que melhorou não é Evellyn? -Perguntei a ela.

A mesma engoliu seco.

-E até onde eu sei, minha mãe rejeitou a Victory por ter essa fama de qualquer um lá... Ainda bem que ela não entrou né? -Perguntei novamente.

Minha somente admirava eu falar de um jeito incrivelmente belo.

-O que quer dizer com isso? -Questionou Evellyn Moss.

-A, ela se formou numa escola muito melhor, e agora é uma excelente advogada... E não uma mulher que depende do marido para comprar um salto... Como você não é?

-Clara já chega! Peça desculpas a senhorita Moss e comprimente os filhos dela! -Exigiu minha mãe com um sorriso de mãe orgulhosa no rosto.

Ai ai.

-Desculpa senhora Moss! -Sorri meiga a ela.

Desculpa o caralho.

Vaca.

Minha mãe fez um gesto com a mão apontando para onde estavam os filhos dela.

Se forem sonsos que nem a mãe eu mudo de escola antes mesmo de entrar.

Continua !!

Oioii, gostaram???

Comentem bastante pelo amor de Deus.

Maldito Desejo Onde histórias criam vida. Descubra agora