Capítulo 1.

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Han Ji-yeong.

Eu andei pela esquina da casa de Si-woo com a mochila nas costas, e parei quando o vi em um beco com a mochila no chão e fumando. Ele me notou pouco depois de eu notar ele e ir até o mesmo.

–Sim?– Ele falou enquanto levantava as sobrancelhas.

–Porquê você está aqui?– Indaguei a ele.

–Não quis ir pra aula.–Ele me respondeu, expirando a fumaça do cigarro no meu rosto. Eu abanei a fumaça.

–Eu não ligo de você matar aula. Mas de mil coisas para fazer porque fumar?

–Alivia meus problemas.– Ele expirou outra vez, mas dessa vez foi mais consciente e virou o rosto.

–Não vai acabar com seus problemas.

–Não, mas vai aliviá-los.– Eu bufei e revirei os olhos, então tomei o cigarro da mão dele e joguei no chão, esmagando ele com o pé.

Ele me olhou irritado e pegou a sua mochila, jogando ela sobre o ombro.

–Te odeio.– Ele murmurou pra mim.

–Também te amo.– Respondi.

                        ♡

Ele não falou comigo durante as aulas. Muito provavelmente por que estava dormindo durante todas elas.

Ignorei esse fato.

Ele se sentou ao meu lado no refeitório.

–Não vai pedir desculpa?– Ele disse colocando sua bandeija ao lado da minha e dois leites de banana na mesa.

Um para mim, um para ele. Sempre foi assim.

–Por ajudar seus pulmões?

–Por não me acordar.

–Eu sei que você mal dorme em casa, então não queria fazer você perder a única chance de dormir.– Ele murmurou uma coisa inaudível em resposta.

Comemos o nosso lanche em um silêncio confortável, enquanto eu observava as garotas de nossa sala.

Todas em grupos conversando e rindo, e principalmente olhando para mim com desgosto ou nojo.

Devo ter parecido melancólica, pois Si-woo quebrou o silêncio dizendo:

–Elas não estão falando mal de você, e sim de mim. Fica calma.

–Você não tem motivos para que falem mal de você.– Ele bufou uma risada irônica.

–Óbvio que tenho.– Ignorei e continuei olhando elas, enquanto tomava o resto do meu leite de banana.

O sinal bateu e voltamos para nossas aulas, onde eu fiquei revezando entre prestar atenção nos professores e ele em dormir.

Quando o sinal tocou e esperei ele no portão para irmos embora juntos, não vi ele.

Tudo que o amor nos trouxeOnde histórias criam vida. Descubra agora