Capítulo 20.

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Choi Si-woo.

A escola havia organizado uma semana de gincanas não obrigatória no meio das férias, e havia ficado bem claro que queriam muito que todos participassem, pois deram 3 pontos na média para quem se inscrevesse.

E, além das gincanas e barracas de comida e diferentes tipos de artesanato e apresentações, havia feito um "acampamento" para os alunos dormirem na escola durante essa semana, que eles apelidaram de Aproximação.

O acampamento consistia em várias barracas que os alunos traziam e acessórios pessoais deles e colocavam em lugares aleatórios da escola— com exceção dos banheiros, da sala dos professores e o escritório do diretor, da cozinha e os armários de limpeza.

Alguns círculos íntimos e privativos de alunos tinham se dividido em pequenos grupos e dividido uma área específica da escola, ou barracas. Eles sinalizavam que apenas pessoas daquele grupo e convidados podiam entrar.

A escola, por algum motivo, estava me mimando como se eu fosse algum tipo de deus grego, e haviam comprado uma barraca enorme e luxuosa para mim, se é que aquilo podia ser chamado de barraca.

Ela era de um tom chique de cinza, e, além do espaço óbvio para dormir, tinha uma entrada de tamanho considerável, onde eles colocaram pequenas e macias poltronas com almofadas e um frigobar, onde eu poderia guardar a comida que comprasse das barraquinhas na entrada do colégio. E o espaço para dormir também era muito espaçoso, até demais para mim.

O único problema foi que a única regra era que eu deveria dormir sozinho ali, sem ninguém, e nem ao menos poderia convidar alguém para me "visitar" sem falar com os monitores— que eram ex-alunos que se formaram na escola ano passado ou retrasado.— e isso me fizeram questionar fortemente se eles realmente estavam me endeusando ou se estavam me isolando como se eu estivesse com peste negra, já que a minha barraca ficava no jardim traseiro da escola— que nem sabia que existia—, onde não tinha mais ninguém por perto ou ao menos um sinal de vida além das flores e dos pequenos pássaros que as vezes pousavam nelas.

Afundei a cabeça no travesseiro.

Havia conversado o dia inteiro com Ji-yeong, enquanto víamos a introdução da Aproximação e passávamos o dia inteiro olhando as barraquinhas, que pareciam aumentar a cada segundo. E de noite, quando ela foi dormir na área de seu círculo íntimo— que consistia nas meninas de nossa turma— no auditório do último andar da escola, e eu fui para minha zona de isolamento, conversamos por mensagens até quase virar a noite.

Quase, pois ela se despediu para dormir, e eu não havia dormido nada pelo resto da noite.

Sem nada para fazer, saí de minha enorme barraca e me deitei na grama, olhando para o céu nublado e as nuvens carregadas. O ar estava um pouco frio, mas na medida certa, fazendo com que o ar estivesse bom. Suspirei, pensando seriamente em desistir de dormir e esperar o sol nascer. E foi o que eu fiz.

Fiquei mexendo no celular e jogando jogos online durante horas até o sol nascer, quando entrei na minha barraca para colocar uma roupa mais adequada para participar da Aproximação— já que ir de pijama não era uma opção—, mas, infelizmente, acabei deitando na cama e dormindo até a pausa nas gincanas, programada para acontecer por volta das três horas da tarde.

Tudo que o amor nos trouxeOnde histórias criam vida. Descubra agora