━ 𝐈𝐈. 𝐃𝐢𝐟𝐢𝐜𝐢𝐥 ━

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Ouço a contagem da bateria e logo em seguida o som do baixo é ouvido, fazendo eu me arrepiar quando a guitarra começou e a voz da garota preencheu o lugar

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Ouço a contagem da bateria e logo em seguida o som do baixo é ouvido, fazendo eu me arrepiar quando a guitarra começou e a voz da garota preencheu o lugar.

Presto atenção em sua voz perfeita. Suas mãos ágeis tocavam com maestria.

Eu observo a garota com admiração enquanto ela dedilha a guitarra com destreza, cada nota ecoando suavemente no ambiente. A voz dela preenche o espaço, envolvendo-me em uma melodia envolvente. Meus olhos fixam-se nela, capturando a paixão que transborda de cada acorde e a expressão sincera em seu rosto.

Uma corrente elétrica percorre por mim, uma atração instantânea se formando, assim que nossos olhos se cruzam. Me vejo cativada e excitada não apenas pela habilidade musical dela, mas pela intensidade emocional que transcende a música. Enquanto ela parecia mergulhar nas letras, eu sentia meu coração batendo em sintonia com a cadência da melodia, criando uma conexão palpável entre nós duas naquele momento musical.

Será que ela sentia isso também?

A guitarra ressoa como uma extensão de sua alma, e eu, incapaz de conter o sorriso, reconheço que algo especial estava acontecendo ali.

Ela olhava para mim enquanto cantava. O suor escorrendo por seu figurino que agora que percebi que era especial. Já que a jaqueta de couro estava aberta, mostrando-me seu abdômen trincado e sua calça de couro continha um volume especial ali. Ela era intersexual?

- Cuidado pra não inundar o local com essa baba escorrendo - diz Aliyah em meu ouvido, fazendo eu tomar um susto.

- E você babando pelo baterista não pode dizer nada - eu falo e ela mostra a língua, cantando a música junto deles.

Eu não conhecia, mas a partir daquele dia eu viraria uma grande fã daquela garota.

A música chega ao final e eles agradecem, e eu finalmente percebo que havia outras pessoas tocando.

Uma garota ruiva tocava teclado, enquanto um garoto cheio de tatuagens e sem camiseta tocava baixo. E um outro, de camisa social tocava bateria (o que claramente tinha algo com Aliyah já que ela não parava de falar dele).

Devo admitir que o garoto era bonito, mas a vocalista havia me chamado a atenção, e aquela voz juntamente com aqueles dedos milagrosos me deixaram encantada e com vontade de ouvi-los mais e mais.

- Pensando em que, maninha? - pergunta Aliyah com um tom de voz malicioso.

- Estava pensando em trazer Emma para cá também - digo algo aleatório, envergonhada em dizer as atrocidades que havia pensado em fazer com aquela garota.

- O nome da vocalista e guitarrista é Delilah - ela parece ler meus pensamentos. - O baixista é Tom, a tecladista é Jade e o baterista gostoso é Leroy - explica fazendo gestos.

- E como sabe de tudo isso? - pergunto alarmada, fazendo ela revirar os olhos.

- Eu os conheço, temos até uma amizade - ela diz e eu assinto, ainda desconfiada.

- Já enfiou essa língua de cobra no baterista gostoso, né, safada? - pergunto maliciosa.

- Só eu que posso chamá-lo de baterista gostoso, pra você é Leroy - diz parecendo estar brava e eu reviro os olhos levantando os braços em forma de rendição. - E só rolou uns beijinhos nos bastidores, nada a mais.

- Ainda né, tenho certeza que você está louca para dar pra ele, sua safadinha - eu falo rindo e ela cora, desviando o assunto.

- Eu vi o quase beijo entre você e a Delilah, ok? Quem diria, Jenna Ortega já se entregando em primeiros encontros... - diz maliciosa.

- Me entregar o que, menina! - resmungo e ela dá de ombros rindo. - Eu só achei Delilah bonita, ok?

Nem percebi que ela havia chegado, fazendo eu tomar um susto com sua presença.

- Me achou bonita, Srta. Ortega? - diz maliciosa sorrindo de lado, ajeitando o seu figurino e meus olhos param em seus seios cobertos apenas por um top preto. - Meus olhos estão aqui em cima, querida - diz maliciosa e que maldito sorriso ela tinha.

- Onde está seu irmão, Lilah? - pergunta Aliyah e ela sorri, mas era um sorriso diferente.

- Te esperando no camarim, linda - ela assente se virando. - Usem camisinha. Apesar de que com ele não precisa - ela brinca e Aliyah a mostra o dedo do meio, nos deixando a sós, se não fosse por outras pessoas ao nosso redor. - Que coisa feia, sua mãe não a deu educação, não? - pergunta pra mim e eu dou de ombros, passando as unhas em seu abdômen definido. Ela se arrepia com meus toques, me puxando pela cintura. - Sabe, eu senti seus olhares na minha apresentação.

- Ah, é? - pergunto extasiada com sua presença.

Sua presença era algo diferente. Arrogante e convencida, porém muito talentosa e sabia o que estava fazendo. E aquele sotaque que pelo seu sobrenome era dinamarquês estava deixando minha situação complicada.

- Pois, é - ela diz e sorri de lado novamente. Maldito sorriso. - Poderia até mesmo jurar que estava excitada - diz em meu ouvido, fazendo eu me arrepiar.

- E por que acha isso, anjo? - tava mais pra demônio, mas ela não precisava saber disso.

- Sua respiração acelerada, olhos totalmente negros, toda hora mexendo as mãos...

- Então quer dizer que estava prestando atenção em mim? - digo mudando de assunto.

- Quem não prestaria, querida? Você é espetacular - seu sotaque era diferente, fazendo ela ficar mais atrativa ainda. Ela se aproximava cada vez mais. - Mas vamos fingir que não está tentando mudar de assunto.

Ela aproxima seu rosto mais ainda, apertando minha cintura e me puxando pra perto.

Puta que pariu! Que pegada!

- Mas eu sou difícil, querida - ela se afasta, depois de morder minha orelha. - Espero te ver aqui mais vezes - ela se vira, sumindo entre as pessoas.

Maldita seja Delilah Christensen!

𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌, ᴶᵉⁿⁿᵃ ᴼʳᵗᵉᵍᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora