6. Soluções

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POV ESME

Eu estava deitada na nossa cama, sem saber o que falar. Coloquei minha camisola, e estava sim tremendo, e chateada. Era a primeira vez que ele tinha me batido como batia nas crianças, e eu tinha sentido profundamente tudo. Ele era meu marido, e Deus, eu nem o conseguia olhar agora.

Ele estava sentado na cadeira da penteadeira, fingindo estar ocupado, quando na verdade, eu sabia que ele estava ali... só ali.

- Como está a dor de cabeça? - Ele perguntou.

- Ok. - Falei baixo.

Eu estava incomodada, envergonhada e...

Meu telefone tocou. Eu o peguei ao lado, olhando o número por um segundo. Era Emmett.

- Oi, bebê. - Atendi já assumindo minha voz de mãe.

- Mãe... - Ele suspirou no telefone. - Desculpa incomodar...

- Você nunca incomoda, meu bebê.

"Quem é?" Calisle perguntou no ar, sem emitir som.

"Emmett" respondi sem emitir som também.

- Mãe, a Rosalie não está bem... não sei o que ela tem. Ela vomitou e está toda molhada de suor e...

- Rose está doente? - Eu perguntei séria, já estalando os dedos para Carlisle chegar mais perto. - Filho... estamos tão longe... espera... - Abaxei o telefone, e olhei pro meu marido. - Rosalie está doente.

- Droga. - Ele me olhou sério. - Vamos demorar quase 20 horas para chegar lá, e isso quando conseguirmos um avião para...

- O piloto. O particular. - Eu lembrei. - Ela vai demorar umas 20 horas para chegar aqui mas...

- Eu vou ligar para ele. Mande ela se arrumar, agora!

Eu levantei o telefone de novo.

- Emmett, pegue seus irmãos e vão até o aeroporto privado de Seattle. Vamos trazer vocês pra cá.

Emmett fez um minuto de silêncio, e falou calmo.

- Mãe... você e papai não estão precisando de tempo? Quer dizer... estamos em muitos aqui, a gente consegue... eu só preciso...

- Emmett... me escute. Sim, eu e seu pai temos que organizar algumas coisas entre nós, mas não vamos deixar vocês, nunca...

Carlisle me olhou, e esticou a mão pedindo o telefone.

Eu suspirei mas entreguei para ele.

- Filho? Oi... - Carlisle começou a andar pelo quarto. - Como ela está? Quais os sintomas? - Ele escutou por alguns segundos. - Certo.... Filho, eu agradeço pela disposição de vocês, deixe eu falar com a Rosalie, por favor. - Ele me olhou, levantando as sobrancelhas. - Filha? Oi... sim, estamos bem. Obrigado. Como você está? - Ele ficou quieto alguns segundos e então suspirou pesado. - Rosalie... se acalme. Não, Rosalie... você não está se metendo em nada, você é nossa filha. - Meu marido me olhou preocupado. - Rosalie. Rosalie! Se acalme! Não, Rosalie... eu decidi. Quero vocês no Brasil, todos vocês. Uhum... mas eu quero. Estejam em Seattle em duas horas. Sim, Rosalie... e não me faça brigar com você por telefone. Eu te amo. Até mais.

Ele desligou o telefone e me olhou sério.

- Mais uma vez, o dever nos chama... - Ele falou sério. - Mas... isso não significa que nossos planos estão paralizados. Viemos aqui por um motivo.

- Não estou paralizando nossos planos. - Concordei. - Eles são nossos filhos... não existe vida sem eles. E temos que estar bem, por nós mas também por eles...

Ilha EsmèOnde histórias criam vida. Descubra agora