OO6 - ブライド

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"Bride" já teve muitos nomes, muitos que a conheceram de formas diferentes... "A Tola", "O Diabo", "Puppeteer" ou até mesmo "O Valete"... Entretanto, seu nome nunca foi anunciado antes... Afinal, ela não queria.

Conforme os anos foram passando, "Bride" foi vista com um rapaz, próximo aos seus dezesseis ou dezessete anos, seu alcunha era completamente contraditório, afinal, ela nunca se casaria com alguém.

A pessoa vista com aquele homem, não passava de um espelho, que refletia a imagem dela... Uma mulher idêntica a "Bride" cujo qual matou o próprio noivo numa ponte, a nossa Valete deu um jeito de aniquilar silenciosamente esta mulher que sujou a imagem dela enquanto ela esteve na Rússia.

O poder da nossa Valete ainda é desconhecido, mas não por ela ou Dazai...

"Bride" aceitou este apelido, por ser o mais leve que ela já teve, entretanto, há pessoas que a chamam de "Valete" ainda, essa jovem era uma peça coringa para a Máfia. Ela fazia um pouco de tudo, cuidava das estatísticas da máfia, dos treinamentos dos homens, e das matanças; que era a parte favorita dela.

- Apesar de ser um pouco da personalidade dela... Ela não parece ser esse tipo de pessoa. - Chuuya disse, ecoando sua voz no escritório extenso do chefe Mori Ougai.

- Claro que não, afinal, você sabe o que significa esses apelidos que ela recebeu? - Mori disse num sorriso maquiavélico, fazendo Chuuya negar tal informação.

- "Bride", foi encontrada por Dazai quando ela estava prestes a morrer, isso é fato. E conforme os meses passaram, abriguei ela aqui, onde ela e Dazai me viu... Enfim, essa garota, apesar de ser gentil, ela é demoníaca. - Mori disse.

- O senhor sabe se ela tem algum parentesco? - Chuuya perguntou.

- Uhmm... Vejamos, ela nunca mencionou algo do tipo, tanto para mim quanto para Osamu. Por que?

- Curiosidade... Somente.

Osamu me olhava com uma certa ternura, enquanto acompanhava-me para onde Odasaku havia os notificado com a localização. Conversamos a maior parte do caminho, dizendo onde conheci Atsushi... O garotinho que eu conheci quando o próprio possuía quatro anos de idade...

- Ao que parece, Odasaku encontrou pistas de quem possivelmente poderia ter matado aquelas crianças. - Dazai falou, me fazendo suspirar aliviada.

- Isso é bom... Muito bom...

Assim que Osamu abriu a porta do apartamento vazio, encontrou Odasaku deitado ensaguentado... Ele lutava para respirar... Osamu entrou em choque, enquanto a mim, paralisada...

Eu não podia acreditar no que meus olhos estavam vendo, não queria acreditar... Não era possível... Dazai gritou, se ajoelhando ao lado do homem... Proferindo algumas palavras que foram inaudíveis para mim. Pude ver Odasaku dar seu último suspiro, arrancando a faixa do olho esquerdo que Dazai tinha...

- Odasaku... - Sussurrei atônita, correndo até ele...

Eu o abraçava fortemente, acariciava o rosto dele enquanto permitia-me chorar, em prantos, Osamu abraçou minhas costas, enquanto ouvia meus gritos e choros desesperados por qualquer resquícios de vida que Odasaku pudesse ter...

Osamu me olhava com tristeza, enquanto eu agarrava fortemente o pescoço de Odasaku... Horas depois de meu luto, fiquei minutos abraçada em Osamu, que acariciava meus cabelos negros.

- seu cabelo está crescendo... - Comentou ao notar as raízes albinas de meu cabelo.

- Não vou pintar... - Respondi, enquanto Osamu resmungou em concordância. - Irei pra Rússia amanhã...

- O que?...

- Meu vôo está agendado já... Eu ia avisar Odasaku... Eu não vou poder comparecer no funeral dele...

- Ficará por quanto tempo? - Dazai perguntou olhando nos meus olhos, cujo qual o impressionou. - Seus olhos...

- Hm? O que tem meus olhos? - perguntei curiosa.

- Estão pretos. - Dazai disse, me deixando sem reação.

"Como assim meus olhos estavam pretos?... E por que isso seria importante agora?"

- Ficarei por uma semana... - Disse me referindo á viagem.

Dazai parecia inquieto, mas não deixou transparecer. Minutos após, desvencilhei-me de abraço, enquanto saía daquele lugar que me deixava melancólica e demasiadamente entristecida.

Concentrei em chamar um motorista, enquanto andava o recinto vazio e escuro, a queda da noite foi mais rápida do que o esperado.

Sentia algo me observar, como uma cobra prestes a dar seu bote... Ou um cavalo prestes a derrubar a rainha. Sensação de inquietude; deixava-me ansiosa, cada segundo que passava após ter entrado em contato com o motorista... Portanto, senti algo colidir fortemente contra minha nuca, ou um pouco acima... Apagando-me de imediato.

Praguejei-me inconsciente, horas depois, acordei com meus pés e mãos amarradas em uma cadeira, e como garantia, minha cintura também estava presa, havia uma luz forte em meu rosto, estando vendada era nítido notar, deixando-me atordoada, o local era úmido e seu odor era de terra molhada...

Pude ouvir o trem aos fundos, ainda sim, não entrei-me em desespero... "Sequestro relâmpago?" Pensei sarcástica... De alguma forma, eu devia encontrar um modo de aliviar meu medo e angústia por ter sido nitidamente sequestrada.

Passos eram cada vez mais próximos, cada vez mais sérios, mais fundos e raivosos... Deixava-me em calafrios... Sentia sua respiração contra meu rosto, sentia-me desafortunada em situações como essas... Obviamente, recebia treinamentos de como lidar com sequestros... Mas ainda sim, não pude deixar de chamar por Dazai internamente...

E então, iniciou-se o que eu mais temia...

Interrogatório.

- A quanto tempo trabalha na Máfia Portuária? - A voz de um homem era baixo, aveludado mas o suficiente pra me intimidar.

"Que tipo de pergunta é essa? Esperava que pedisse minha conta bancária..."

Então, senti algo em minhas unhas, apertando levemente ao não respondê-lo... Ainda sim, permaneci quieta...

"Deus, se você existe...
Me ajude, por favor."

𝐏𝐇𝐀𝐍𝐓𝐎𝐌 𝐁𝐑𝐈𝐃𝐄 • Osamu D.Onde histórias criam vida. Descubra agora