𝐏𝐇𝐀𝐍𝐓𝐎𝐌 𝐁𝐑𝐈𝐃𝐄 • Osamu D.

O12 - 市

　Meus olhos focaram no rosto de Fyodor, enquanto ele segurava minhas bochechas com suas mãos, prestes a me endeusar... Seus olhos eram de pura admiração.

— Você é tão bela, minha rainha... - Iniciou Fyodor.

      Não podia deixar de me sentir culpada por gostar de ser endeusada assim, talvez ele saiba que alimentar meu ego me deixaria cada vez mais próxima dele... Eu só não sabia que eu estava prestes a cair numa das armadilhas mais dolorosas do mundo.

Fyodor acariciou meu rosto com seu polegar, aproximando seu rosto contra o meu, deixando um beijo singelo e sutil em minhas bochechas, talvez ele me amasse.

— Você sabe... Sabe melhor do que eu, que alguém jamais vai amar você como eu amo, não sabe? - Perguntou, fazendo-me olhar para baixo. — Do contrário de Dazai, eu fui atrás de você... Fui salvá-la, e também cuidei de você.

   Talvez Fyodor tivesse razão... Este pensamento deixou-me triste o suficiente pra repensar tudo que eu fiz por Dazai...

— Fico tão feliz que tenha voltado. - Comentou me abraçando.

Enquanto a mim, em momento algum o abracei... E após essa sessão de tortura psicológica finalizar, sentei-me quieta ao lado daquele Rei... O Rei mais cruel que alguém poderia conhecer.

— Tem algo de errado com a Yozo... - Disse, olhando Ranpo e Yosano dividirem um pacote de doces.
— O nome dela é Yozo? Até que é bonitinho. - Yosano respondeu limpando suas mãos em um lenço.
— Ela era conhecia de muitas formas na Máfia, portanto ela nunca teve seu nome fixo. "Bride" era seu apelido, por conta de uma lenda que aconteceu enquanto ela estava na Rússia. - Disse enquanto rodava naquela cadeira giratória.

— Acredito que já ouvi falar... Mas como ela trabalhava, Dazai? - Ranpo perguntou pra mim.
— Ela matou poucas pessoas, o foco dela era um pouco de tudo, mas a maior parte do tempo ela cuidava de negócios no exterior e dos treinamentos dos homens. - Comentei, fazendo Yosano me olhar.
— Ela deve ser extremamente poderosa...
— Acredite, a habilidade dela tem o poder de controlar o mundo se ela quisesse... E sinto que mais alguém sabe disso... Tanto que até mesmo pra maior parte da Máfia, o poder dela era desconhecido. - Comentei me aproximando da mesa, rabiscando algo.

— Como está a situação do Mensageiro Azul? - Perguntou Ranpo, mudando o foco do assunto.
— Era a esposa dele... - Disse em um resumo muito curto.
— Se você já resolveu esse caso, o que tem te preocupando? - Foi a vez de Yosano perguntar.
— De qual lado Yozo está?... Máfia Portuária ou a Ada? - Perguntei girando a caneta em minhas mãos.
— Talvez nenhum dos dois?... - Ranpo respondeu.
— Hoje, pela primeira vez, vi essa mulher chorar... A expressão dela era de extremo vazio, como olhar em um profundo abismo, ainda sim, esse abismo transbordou... Ela está com medo de algo, ou melhor... De alguém. - Comentei frustrado.

Yosano e Ranpo se olharam...

     A aparição repentina de Yozoru na Máfia Portuária deixou muitas pessoas confusos sobre o que fazer, principalmente os membros da alta classe, como o Chuuya, Mori, Kouyou ou até mesmo o Ace.

Todos estavam tensos, pensando em caçá-la ou trazê-la para a máfia novamente, agora, para ocupar o cargo que Osamu ocuparia: Dirigente.

— Ela cuidou de Akutagawa quando era novo, e treinou a Gin... Ela é forte e era importante pra Máfia, tanto que a ausência dela desequilibrou as estatísticas do dinheiro que a Máfia recebia... - Chuuya comentou, fazendo Kouyou o olhar.

— Conheci pouco a Demônia de quem vocês tanto falam... Mas se o Chuuya está preocupado, significa que ela pode ainda ter importância para nós. - Ace comentou, fazendo Chuuya o olhar sério.

— Primeiramente, sabemos que ela foi sequestrada há 4 anos atrás e que foi torturada, tanto que ela ainda possui sequelas desse ocorrido. Mesmo que convidamos ela para retornar aos trabalhos, onde iremos achar essa mulher? - Mori perguntou, deixando o escritório silencioso...

— Talvez Dazai saiba de alguma coisa. - Kouyou comentou, tirando um suspiro extremamente irritado.
— Jamais! Me recuso a acreditar que ela foi ver aquele maníaco suicida. - Chuuya disse irritado.

   Enquanto a situação na ADA, se agravava cada vez mais para algo maior...

— Se a Yozo voltou, significa que a Máfia já está sabendo do retorno dela... Significa que eles vão tentar trazer ela pro lado deles, isso pode ser um problema pra nós. - Dazai disse.
— Não se tentarmos trazer ela pro nosso lado. - Yosano sugestionou.
— Então teremos que travar uma batalha contra a Máfia... E isso não vai ser bom. - Respondeu Ranpo.
— Tirando o fato que teríamos de conversar com o Presidente... E não vai ser fácil. - Dazai respondeu.

   

  Com a ajuda de Nikolai, fui exportada para o Estados Unidos... Onde Lucy Maud Montgomery me manteve presa no Quarto de Annie... E sozinha, eu jogava xadrez... Vezes ou outras eu ligava meu celular, claramente eu não havia internet ou rede alguma para fazer ligações. Entediando-me cada vez mais...

Sozinha eu me afogava em meus pensamentos diabólicos e maléficos, onde eu me questionava: "Onde este portão leva?"... Porém, está é uma dúvida onde eu jamais vai ser sanado...

Pensei que Fyodor confiava em mim, mas ao me reencontrar com Nikolai, não pude deixar de abraçar o único que me animava enquanto estive na Rússia, presa ás garras dele... Então, de acordo com Fyodor: "Era mais seguro, os detetives vão te caçar pra prender, e os mafiosos para te matar."

Notei que eu poderia utilizar minhas habilidades sobrenaturais, um sorriso levemente maléfico apareceu em meu rosto empalecido.

Eu conseguia sair daquele lugar...

Assim que Lucy entrou no quarto de Annie, controlei a mente dela com os fios vermelhos, então ela me deixou sair daquele lugar, implantando na mente dela a imagem de onde eu queria que ela me deixasse, infelizmente a mente de Lucy era bem perturbada, foi um pouco difícil mas com prática consegui...

Ela me deixou na porta da Máfia Portuária... Onde eu sinto que ali, terei mais importância...

— Ugh!! Detesto pensar que ela tenha procurado aquele... - Chuuya parou sua frase no meio ao me ver.
— Falando de quem? - Perguntei curiosa.
— BRIDE!! - Ele sorriu como uma criança, me abraçando apertado.