o renascimento

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A notícia de que Colin Creevey fora atacado e agora se achava deitado como morto na ala hospitalar espalhou-se pela escola inteira até a manhã de domingo. A atmosfera carregou-se de boatos e suspeitas. Os alunos do primeiro ano agora andavam pelo castelo em grupos unidos, como se tivessem medo de ser atacados, caso se aventurassem a andar sozinhos.

Nesse meio tempo, escondido dos professores, assolava a escola um próspero comércio de talismãs, amuletos e outras mandingas protetoras. Neville já comprara um cebolão verde e malcheiroso, um cristal pontiagudo e púrpura e um rabo podre de lagarto, quando os outros alunos da Grifinória lhe lembraram que ele não corria perigo; era puro sangue e, portanto, uma vítima pouco provável.

Na segunda semana de dezembro Minerva veio, como sempre fazia, anotar os nomes dos alunos que continuariam na escola durante as festas de Natal. Mas o que espantou a todos foi que Draco assinou a lista. Harry ergueu as sobrancelhas.

A neve chegou com força e o frio estava três vezes maior. Harry se aqueceu na lareira da sua casa, seu manto de pele amarrado atrás das suas costas. Suas botas pretas batiam ao chão descompassadamente enquanto esperava Padfoot e Moony. 

Como se convocados pelos seus pensamentos, eles desceram as escadas vestidos em mantos longos e quentes. Mesmo com o feitiço de aquecimento que permeava a casa, o frio ainda cerrava seus dentes. 

Eles se encaminharam diretamente para a sala de reuniões do Largo. Harry pode ouvir as vozes dentro da sala. O indicativo que Dumbledore já havia chegado. 

"Albus" Padfoot o cumprimentou enquanto reivindicava sua cadeira a frente. 

Dumbledore os cumprimentou. 

"Confesso que estou ansioso para ouvir essa história" Padfoot disse, seus ombros arqueados "Daria a mão da minha varinha anos atrás para afirmar que isso tudo era uma lenda. Passamos anos e anos revirando o castelo para encontrar algo e não encontramos mais do que decepção."

"Muitos tentaram" o diretor disse "Muitos passaram a viver para procurar somente essa passagem."

"Você sabe onde é?" Moony perguntou.

Dumbledore negou "Quando ela foi aberta, ajudei o professor Dippet a tentar encontrá-la, mas não tivemos sucesso. Claro que os fatos do que havia acontecido casava fielmente com a lenda, mas não encontramos nenhum vestígio disso."

"Como ocorreu?" Padfoot perguntou e Harry se sentou mais reto para escutar. 

Dumbledore contou. Contou como a garota morreu de uma forma parecida com o ataque que ocorreu a Collin. Contou como o ministério interviu e Hagrid foi o culpado, resultando em sua expulsão e no recolhimento de sua varinha. Ao final do relato, Harry podia vomitar ali mesmo. Pobre Hagrid.

"E o que raios ele estava fazendo com uma aranha gigante?" Padfoot perguntou.

"Hagrid sempre teve um fascínio para grandes e perigosas criaturas. Não tive como impedir, todas as evidências apontavam para Hagrid. Ele estava com uma aranha que poderia engolir um homem de um bocado enquanto a escola tinha um boato de que pessoas estavam morrendo graças a um monstro. Meu apelo não foi ouvido, nem o do professor Dippet. O fato de Hagrid ser um mestiço, filho de gigante, ou a questão de a linhagem de Salazar não chegar nem perto da de Hagrid jamais foi ouvido. O máximo que consegui foi deixar que Hagrid permanecesse como guarda costas."

Harry suspirou. 

"Quantas vezes a escola foi revista?" Moony perguntou.

"Inúmeras. Tanto com Dippet quanto comigo. Mas creio que seja oportuno e o momento uma nova busca ser feita."

the men of the stars - livro doisOnde histórias criam vida. Descubra agora