the men of the stars - livro dois

reencontrando o resto da família

Sirius suspirou, ajustando sua capa com um gesto cansado. A noite havia sido longa e exaustiva, repleta de tentativas frustradas de descobrir a origem da misteriosa caixa deixada à sua porta. Nenhum esforço revelou a verdadeira identidade do remetente, nem elucidou o significado dos artefatos dentro dela. Seria Harry realmente o herdeiro? Aquela capa seria mesmo o manto de um dos lendários irmãos Peverell? E que poder latente residia naquele documento específico destinado a Harry?

Sem sono durante a noite, Sirius lamentou não ter tomado uma poção para dormir. Lidar com os Malfoy já seria um desafio, e enfrentá-los exausto... bem, não seria nada agradável.

Suspirando novamente, ele decidiu deixar essas questões para depois. Agora, era hora de trabalhar.

"Você está pronto?" seu avô perguntou, verificando.

Sirius assentiu.

"Isso não será fácil" alertou-o.

"Não quero que seja", respondeu Sirius, adentrando a sala com seu avô seguindo atrás.

"Oi, família" anunciou Sirius, fazendo todos virarem rapidamente para a porta. "Desculpem-nos pela demora. Tivemos alguns imprevistos que nos atrasaram."

"Meu Lorde" reverenciou Narcisa, seguida por Draco e Lucius, de má vontade.

"Vejo que Monstro já os trouxe comida" observou Sirius, dirigindo-se à mesa "Ele sempre gostou de você, Cisa."

Sua prima olhou entre Sirius e o homem de vestes negras ao seu lado. Sirius notou o leve estremecimento de Draco ao encarar seu avô, assim como o olhar cauteloso de Lucius. Narcisa, por outro lado, manteve o queixo erguido, não desviando o olhar de seu avô. Sirius admirou sua coragem.

"Avô" cumprimentou sua prima.

"Narcisa!" saudou seu avô, voltando-se para Draco "Creio que este seja o jovem Draco. Ouvi coisas sobre você, garoto."

Sirius sabia que seu avô poderia ser cruel quando desejava, e estava claro que o velho Black buscava intimidá-los.

"Draco, este é Arcturus Black" apresentou Narcisa, colocando uma mão no ombro do filho.

Draco fez uma reverência prolongada, mais longa do que Sirius jamais o vira fazer. E Sirius poderia jurar que um lampejo divertido passou rapidamente pelo rosto de seu avô ao observá-lo. Mas desapareceu tão rapidamente quanto veio, quando o olhar de seu avô encontrou o de Lucius.

Houve um momento tenso de troca de olhares entre eles, carregado com mais do que apenas a ameaça da Casa Black. Havia um acerto de contas por Lucius ter tentado matar o Herdeiro da Casa Black e por ter agido contra as regras que seu avô uma vez estabelecera no contrato de casamento.

Seu avô nada disse a Lucius, voltando-se para se sentar ao lado de Sirius. Narcisa inspirou profundamente.

"Fico feliz por terem aceitado meu convite" começou Sirius.

"Como se tivéssemos outra opção" resmungou Lucius.

Sirius arqueou uma sobrancelha. "Não tiveram? Mesmo, Lucius? Se minha memória não falha, já faz alguns bons anos desde que saí de Azkaban e permiti que continuasse a latir pelos quatro cantos. Fui bondoso demais em não invocar a magia para enforcá-lo, Lucius. Deveria me agradecer."

"O que Lucius quer dizer é que estamos satisfeitos por você ter compreendido nosso ponto de vista, meu Lorde" interveio Narcisa.

"Eu realmente não me importava com vocês" Sirius disse "Para mim não fazia a mínima diferença se vocês estavam ao não na coleira da Casa Black. Eu pude aceitar o desacato estrondoso de Draco para com o meu Herdeiro porque isso servia de lição para Harry aprender a como lidar com situações desse tipo. Pude aceitar Draco zombando dos amigos da Casa Potter porque, novamente, isso se daria mais como uma lição para meu filho." Sirius levantou a mão impedindo Narcisa de falar "Além disso, eu também pude aceitar você, Lucius, correndo pelos corredores do Ministério para tentar a todo custo barras minhas propostas e as propostas de Harry. Nada passou batido. Nem quando você tentou obter assinaturas para tirar Dumbledore de Hogwarts. Consegui lidar com sua insignificância até agora. Até você atentar diretamente contra a vida do meu filho."