the men of the stars - livro dois

a primeira vítima

Ele, Ron e Hermione estavam planejando visitar Hagrid no sábado de manhã. Harry, porém, foi acordado muito antes da hora que pretendera pelas sacudidas de Olívio, capitão do time de Quadribol da Grifinória.

"Que foi?" perguntou Harry tonto de sono. 

 "Prática de Quadribol!"  disse Wood sorridente "Vamos!"

Harry espiou pela janela apertando os olhos. Havia uma névoa rala cobrindo o céu rosa e dourado. Agora que acordara, ele não conseguia entender como podia estar dormindo com a algazarra que os passarinhos faziam. 

 "Olívio" disse ele com a voz rouca "O dia ainda está amanhecendo."

 "Exato" respondeu Wood. Seus olhos brilhavam de fanático entusiasmo "Faz parte do nosso novo programa de treinamento. Ande, pegue a vassoura e vamos. Nenhum dos times começou a treinar ainda; vamos ser os primeiros a dar a partida este ano..."

Aos bocejos e tremores, Harry saiu da cama e tentou encontrar as vestes de Quadribol. 

 "Muito bem" disse Wood "Te encontro no campo daqui a quinze minutos. "

Assim que Harry chegou ao campo Wood ergueu um grande diagrama de um campo de Quadribol, em que estavam desenhadas muitas linhas, setas e cruzes em tinta de cores diversas. Depois, puxou a varinha, deu uma batidinha no desenho, e as flechas começaram a se deslocar pelo diagrama como lagartas. Quando Wood deslanchou um discurso sobre as novas táticas, a cabeça de Fred Weasley despencou no ombro de Alicia Spinnet e ele começou a roncar.

O primeiro quadro levou quase vinte minutos para ser explicado, mas havia outro por baixo daquele, e um terceiro por baixo do segundo. Harry mergulhou num estupor durante a falação interminável de Wood.

Somente o que parecia serem horas depois foi que Wood gritou para eles voarem. Harry deu graças aos deuses por isso. 

Depois do almoço Harry, Hermione e Ron foram diretamente para a casa de Hagrid. O dia estava tão ensolarado quanto poderia estar.

Estavam a uns cinco metros da casa de Hagrid quando a porta de entrada se abriu, mas não foi Hagrid que apareceu. Gilderoy Lockhart, hoje com vestes lilás clarinho, vinha saindo. 

 "Depressa, aqui atrás" sibilou Harry, arrastando Ron para trás de uma moita próxima. Hermione seguiu-o, um tanto relutante. 

"É muito simples se você sabe o que está fazendo!"  Lockhart dizia em voz alta a Hagrid "Se precisar de ajuda, você sabe onde estou! Vou-lhe dar uma cópia do meu livro. Estou surpreso que ainda não o tenha comprado: vou autografar um exemplar hoje à noite e mandar para você. Bom, adeus" E saiu em direção ao castelo. 

 Harry esperou até Lockhart desaparecer de vista, então puxou Ron e Hermione da moita até a porta de Hagrid. Hagrid abriu na mesma hora, parecendo muito rabugento, mas seu rosto se iluminou quando viu quem era.

"Estive pensando quando é que vocês viriam me ver, entrem, entrem, achei que podia ser o Professor Lockhart outra vez..."

Hagrid ocupou-se pela cabana preparando chá para eles e Harry se lembrou rapidamente do que Moony o havia dito que seu pai fazia quando eles vinham tomar chá com ele. Seu cão de caçar javalis, Canino, fazia festas a Harry, sujando-o todo. 

"Que é que Lockhart queria com você, Hagrid?" perguntou Harry, coçando as orelhas de Canino. 

"Estava me dando conselhos para manter um poço livre de algas" rosnou Hagrid, tirando um galo meio depenado de cima da mesa bem esfregada e pousando nela o bule de chá "Como se eu não soubesse. E ainda fez farol sobre um espírito agourento que ele espantou. Se uma única palavra do que disse for verdade eu como a minha chaleira."