Manual de como tirar Evelyn Flores do sério

Capítulo 36 - É quando as luzes se apagam que conhecemos as pessoas

Festas da realeza sempre me passaram uma sensação de tédio, pessoas vestindo roupas que davam calor, canapés passando em badejas de prato, pessoas de sessenta anos falando sobre política e termos arcaicos, tudo isso enfurnados em um castelo com papéis de parede antiquados e cheiro de colônia de velho.

É claro que para o meu descontentamento e animação eu estava errada, realmente existia tudo aquilo, mas o cheiro era de álcool, cigarro e pessoas vestindo seus trajes finos, pessoas da minha idade, conversando entre si de uma forma descontraída de assunto da importantes, eles tinham que falar mais alto que a música mas mesmo assim não era algo que incomodava, se aquilo era ser da realeza organizar festas para seus colegas filhos de gente poderosa eu estava afim de de largar toda minha marra e virar uma princesa.

- Flores - Me aproximo da garota que está ao lado de Beatrice que me fuzila com os olhos quando me aproximo - Podemos conversar?

- Conversamos quando chegarmos na escola carinõ- Ela tenta usar o carinõ como uma forma de suavizar o tom que usou, toca meu ombro de leve e tenta se afastar, puxo seu braço de volta, e seu corpo gira na minha direção, fecho meu rosto.

- Ok vamos conversar. - Ela cede fácil de mais.

- ¿Evie qué está pasando? - Beatrice diz.

- No es nada, volveré pronto.

- Estamos en una fiesta.

- Yo se.

- Así que le pedí a la reina del drama que me dejara ir, ahora. - Ela também segura seu outro braço.

- Evelyn Flores - A voz de um homem anuncio interrompendo a discussão silênciosa que eu não havia notada que havia uma pequena plateia que não fosse só nossos amigos - Acompanhada do príncipe Dante Charles Beauchamp-Grey V- Luzes vieram até eles quando Dante se aproximou segurando do seu ombro, enquanto as pessoas realmente olhavam.

- Si vuelves a hacer eso te mataré.

- De nada prima.

Ele agarra mais ela e ambos decaem as escadas juntos, de braços dados, e é assim que eu perco a chance de elaborar uma mentira sobre o garoto que a levou.

(...)

Eu tentei ao máximo me animar para não estragar uma das únicas oportunidades que eu tinha para acabar com a monarquia de dentro para fora, mas minha cabeça não pensava assim com tanta clareza depois de ter sido obrigada a tomar a minha quinta dose, eu não gostava do que isso significava.

Não gostava do fato de Evelyn conversar com todos ali, segurando um copo de uísque entre os dedos ée simplesmente me ignorar por que eu falei orgia em voz alta, tá eu sei que não foi exatamente por isso mas deu para entender, odiava o fato de que ela sorria com todos os dentes e tocava no braço de homens e mulheres para conversar, com Beatrice ao seu lado como um guarda costa.

Enquanto eu não conseguia chegar perto de nenhuma daquelas pessoas sem me sentir extremamente frustrada, eu queria deitar e me arrependi instantaneamente de ter decidido estar aqui.

- Já te disseram que a miséria adora companhia? - Dante se aproxima do banco do balcão, encaro ele de canto de olho.

- Eu não acho que você ficar na vista da Evelyn comigo seja muito bom.

- Evelyn está ocupada sendo Evelyn - Ele gira a cabeça, onde um grupo se forma ao seu redor - Ela tem a vantagem de ser boa com palavras.

- Eu te garanto que é só com isso também.

- Ela não está suprindo suas necessidades?

- Se estivesse eu não estaria transando com você - Encaro o fundo do copo e fecho os olhos com força - Deus quando foi que eu virei esse tipo de pessoa?