CAPÍTULO 05 - Quase mortas, mas ainda inimigas

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Agora só sábado, pessoal. Aproveitem o capítulo de hoje, beijos 😚.








No quinjet um enorme silêncio havia se instalado por toda a aeronave, as duas mulheres que ali estavam presentes não tinham a menor intenção de interagir uma com ou a outra, na verdade, elas mal olhavam para a cara uma da outra. Para evitar estarem perto, cada uma ficou em uma lugar do quinjet, Natasha estava pilotando a aeronave, mesmo que houvesse a opção de ativar o piloto automático, já S/n estava sentada na parte de trás, a mulher mais jovem olhava para a parede de metal do quinjet de forma quase obsessivas, era impressionante a forma como seus olhos mal piscavam e também o fato dela estar completamente imóvel, parecia até mesmo que havia sido hipnotizada ou algo do tipo, a feição presente no rosto de S/n era dura, seus olhos azuis exalavam frieza e serenidade, mas não sanidade. Uma das tecnicas mais usadas pela HYDRA para se obter a submissão de quem eles queriam era a hipnose misturada a tortura extrema, eles deixavam as pessoas durante dias ou até semanas com os olhos abertos, suas pálpebras eram coladas para que os olhos não fossem fechados, enquanto isso eles eram presos a uma cadeira virados de frente para uma televisão onde um vídeo sobre submissão era passado com o intuito de torná-los "robos" controlados pela HYDRA, S/n Fitzgerald pasou pelo testes e durante dois meses, a garota ficou neste estado, mas eles nunca obtiveram um resultado positivo, S/n nunca cedeu a sua obediência, o único efeito que isso causou sobre ela foi o cansaço extremo, chegou um momento em que ela quase rasgou suas pálpebras por não aguentar mais seus olhos abertos, aquilo surpreendeu a todos os cientistas e até mesmo aos chefões da HYDRA, afinal de contas, como uma garota de sete anos de idade aguentaria passar por tortura extrema e não sucumbir? Talvez não fosse exatamente a sua força de querer naquele momento e, sim, o seu DNA que a impedia de ser controlada.

Natasha estava prestando atenção no caminho ao qual tomava quando observou tudo começar a escurecer, ela estranhou ver nuvens cinzas em seu caminho, a ruiva rapidamente olhou para o tablet onde mostrava que elas estavam se aproximando de uma forte nevada, seus olhos se arregalaram e no mesmo momento um vento forte atingiu o quinjet causando uma turbulência que tirou S/n de seu transe. A Fitzgerald se levantou para ir até Natasha ver o que estava acontecendo, mas o quinjet foi novamente atingido por um vento forte fazendo toda a aeronave tremer e S/n cair no chão batendo o seu ombro direito com força, ela grunhiu de dor fazendo uma careta. Natasha apesar de escutá-la caindo estava ocupada demais tentando estabilizar o quinjet, S/n respirou fundo e se levantou do chão com cuidado para então andar rapidamente até estar ao lado da Romanoff, a morena segurou firmemente no assento do piloto para que não caísse novamente.

- Que porra - S/n deixou escapar olhando para a tempestade que se formava bem a sua frente.

Sem escolha, S/n sentou-se ao lado de Natasha no assento do copiloto, a Romanoff a olhou confusa com que ela prendia com aquilo e acabou se surpreendendo quando a mais nova começou a mexer no painel como se soubesse exatamente o que estava fazendo.

- Apenas não nos mate - Natasha falou de forma irônica voltando a olhar para frente.

- Sorte a sua que não é assim que eu quero morrer - S/n responde a provocação e olha rapidamente para o mapa no tablet do quinjet, elas não estavam tão longe de onde sua missão se iniciaria - Vamos descer - declarou recebendo um olhar contrariado da Romanoff, que certamente não concordava.

- Está maluca? Quer nós descer no meio de uma nevada? Às cegas? - perguntou incrédula, aquilo só podia ser brincadeira.

- Prefere pilotar as cegas e correr o risco de sermos levadas por um redemoinho?! - perguntou de forma exaltada olhando para Natasha.

- Você é louca.

- Você não imagina o quanto - S/n sorri de lado, mas logo volta a ter uma feição seria - Agora me ajuda a descer essa porra - mandou, ela certamente não pediria. Natasha mesmo contrariada percebeu que o plano da mais nova fazia mais sentido e somente por isso resolveu segui-la.

TRAIDORA | Natasha RomanoffOnde histórias criam vida. Descubra agora