CAPÍTULO 09 - A garota que eu odiava

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Emoções e sentimentos são confusos de explicar às vezes, Stuart não sabia dizer o motivo pelo qual havia entrado em crise, ele apenas sabia que precisava de S/n ali para acalmá-lo, talvez a sobrecarga de ter a sua família separada enfim o tinha atingido e depois de tanto tempo sendo um garoto forte, ele desabou. S/n ficou abraçada a Stuart até ver que o mesmo havia pegado no sono, ela ainda ficou e conversou com Donna após ajeitar o mais novo no sofá, a Fitzgerald percebeu que Donna omitia algo de si, mas resolveu não perguntar, confiava em Donna para resolver o quer que fosse e acreditava que a mais velha lhe contasse o que estava acontecendo na hora certa. Após ficar mais um tempinho, S/n teve que se despedir de Donna e voltar para a Torre dos Vingadores, ela tomou um caminho diferente na volta, era mais perto, mas nunca havia pegado por medo de encontrarem Stuart. S/n se sentia extremamente exausta mentalmente, ao chegar na Torre ela olhou para o alto vendo nuvens cinzas no céu, ela entrou na Torre e caminhou em direção ao elevador.

- Um minuto - S/n se virou vendo Natasha atrás de si, ela olhou para a ruiva confusa - Faltava um minuto - explicou com um tom de voz calmo a acalentador, S/n apenas balançou a cabeça em afirmação e se virou para o elevador novamente.

S/n baixou os ombros e a cabeça, seus olhos azuis encaravam o chão de forma fixa, como se estivesse hipnotizada com algo, Natasha se aproximou ainda mais dela ficando bem atrás de si, S/n fechou os olhos e suspirou pesadamente, ela não queria ouvir mais ofensas de Natasha direcionadas a ela, já bastava as coisas que havia ouvido em seu aniversário.

- Agora não, Natasha. Hoje não - suplicou em um tom de voz baixo e apertou novamente o botão do elevador se sentindo ansiosa pela demora, Natasha observou a tensão nas costas da mulher mais jovem, era óbvio que ela não estava bem e que algo a incomodava.

- O que você tem? - a ruiva perguntou com o cenho franzido, uma leve onda de preocupação a atingiu fortemente, ela tentou não sentir aquilo, mas já não conseguia controlar. S/n sorriu sem humor e soltou um riso nasalado.

- Não finja que se importa - S/n falou com amargura em sua voz, estava cansada e chateada e caralho, onde estava a espiã da HYDRA que sempre retribuía com respostas sarcásticas que sempre estavam bem na ponta da língua? Talvez tivesse ficado com Stuart para protegê-lo e lhe dar forças.

- S/a... - chamou sentindo seu coração apertar pelo tom de voz da outra, Natasha observou S/n negar com a cabeça e então ela se calou.

- Só para, por favor - a ruiva engoliu em seco e andou até estar ao lado de S/n, ela observou a face da outra mulher, era triste e cansado, e isso a fez se sentir mal, Natasha se lembrou de tudo o que já havia dito para S/n e se arrependeu por tudo naquele momento.

O elevador chegou despertando as duas de seus próprios pensamentos confusos, S/n foi a primeira a entrar, ela apoiou suas costas na parede de metal do elevador, Natasha entrou logo em seguida indo em direção a parede oposta em que S/n se encontrava, ela também apoiou suas costas ali, cruzou os braços e se pôs a observar S/n. A Fitzgerald apertou o botão do andar onde elas ficariam e logo voltou a sua posição anterior, seus olhos se levantaram e observaram Natasha a encarar, havia algo estranho, ali não era o olhar julgador que normalmente ela recebia, aquele olhar transmitia compaixão e preocupação, e isso deixou S/n bastante confusa.

- Me diz o que você tem - Natasha pediu novamente olhando nos olhos azuis brilhantes, S/n fechou os olhos e suspirou de forma longa, ao abrir os olhos ela virou o rosto para o lado.

- Nada - respondeu evitando olhar para a Romanoff a todo tempo. Natasha baixou a cabeça ao perceber aquilo, ela se sentia tão confusa em relação a S/n, por um lado ela era doce e gentil, fazia piadas, vivia brincando com Wanda e fazendo piadas com Fury e Bruce, sempre conversando com Thor e esses quatro aparentemente amavam ela por algum motivo aparente, até mesmo Buck havia parado de implicar com S/n e a tratava de forma normal, comprimentava ela normalmente e coisas do tipo. Mas por outro lado, ela matou um garoto de vinte e dois anos sem ao menos piscar, na verdade, ela parecia ter tido satisfação em fazer aquilo, e então Natasha de lembrou da feição dela enquanto torturava um dos guardas na Rússia, tudo bem ela entendia o motivo, mas mesmo assim foi algo muito... Enfim.

TRAIDORA | Natasha RomanoffOnde histórias criam vida. Descubra agora