Passei a manhã toda assistindo animes com Lily. Decidimos ir para o quarto, pois, segundo Lily, assistir na sala não era tão legal.
Já era duas horas da tarde quando ouvimos uma batida na porta.
Potter adentrou no quarto em seguida. Estava com os cabelos molhados e vestia uma roupa diferente de algumas horas atrás, mesmo que seus trajes fossem simples, ele ainda tinha aquele ar sério que todo
- Malfoy, posso falar com você? - Lily fez um bico ao ouvir a pergunta de seu pai, o que me arrancou um sorriso e assenti, levantando da cama, tomando cuidado para não derrubar as pelúcias que preenchiam o colchão.
- Aconteceu alguma coisa? - Pergunto após estarmos fora do quarto.
- Não, não. Só queria dizer que você está liberado por agora, quero que aproveite a tarde com sua família, enquanto eu aproveito com a Lily. - Sorriu. - Já resolvi meus trabalhos por hoje.
A notícia me deixa radiante. Mesmo que todo final de semana eu fosse para a casa de meus pais, era como se não os tivesse visto por uma década, a saudade sempre era imensa.
- Obrigado, obrigado!! - Por conta da alegria, acabado o abraçando, o que no começo parecia normal, só que quando sendo seu corpo ficar certo, finalmente me dei conta da burrada.
- Sinto muito, Potter. - Se pudesse, eu me jogaria de um penhasco sem pensar duas vezes agora. Só passo vergonha.
- Sem problemas. - Ele sorrir, completamente tranquilo e fico atordoado por sua reação.
- Eu te abracei. - Friso e ele continua com o maldito sorriso no rosto.
- Eu sei.
- Mas você não gosta de mim, lembra?
- Quando disse isso? Sério, Malfoy, acho que já estamos crescidos demais para continuar com uma rixa do passado. - Ele acabou me tirando qualquer falar e só o olhei em silêncio. - Além disso, você trabalha pra mim agora, quero ter uma relação boa com meu funcionário, quem sabe até poder criar uma amizade, o que acha?
Aquilo era uma proposta inesperada.
- Eu não sei, Potter. - Afirmo. Realmente não sabia sobre ter uma amizade com alguma pessoa, inclusive se essa pessoa fosse ele.
- Estamos criando uma amizade, me chame de Harry. - Eu o olhei surpreso demais. É claro que já tinha o chamado pelo primeiro nome e ele também já me chamou, mas foi em um momento frágil, não como algo normal.
- Certo, Pot-Haryy.
- Meu nome soa lindo na sua voz, Draco. - Ok, estou ouvindo coisas ou ele realmente lançou um flerte pra cima de mim?
- Obrigado... - A afirmação sai mais como uma pergunta e ele sorrir pela minha situação patética. - Acho que eu vou para sabe? Ir casa agora.
Agora ele dá uma risada.
- Ok, Draco. Até de noite. - Assinto e corro para meu quarto, isso mesmo, eu corro, como um adolescente depois que dá seu primeiro beijo, isso foi patético pra você? Imagine pra mim.
O som da voz dele ainda fica na minha cabeça mesmo quando pego um táxi, uma hora depois.
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- Você está bem, meu amor? - Narcisa deixa beijos molhados em minha bochecha.
- Sim, mãe. Estou ótimo.
- E não implica mais pra chamar a atenção do pobre Potter? - Lucius pergunta e recebe um olhar de repreensão de minha mãe.
- Não implicava pra chamar atenção. - Tento me defender, mas recebo olhares suspeitos.
- Filho, nós esperamos você para conversar sobre isso a anos... - Minha mãe começa.
- Mas você nunca veio falar sobre com a gente, filho ingrato. Então já que você não quis antes por vontade própria, agora que já é um homem formado vai ter que ouvi umas boas palavras.
- Lucius!
- Pai!
Eu e minha mãe olhamos para o homem em nossa frente com horror. Ele era o oposto de delicado.
Narcisa suspirou, talvez se arrependendo de ter casado com um cara igual meu pai, mas rapidamente voltou ao normal, me olhando com olhos amáveis enquanto acariciava levemente meu rosto.
- O que seu pai quis falar é que agora é um bom momento, meu doce.
- Você tem certeza que foi isso mesmo que ele quis dizer, mamãe? - Pergunto totalmente desacreditado sobre e Lucius apenas revira os olhos, cruzando os braços.
- Olha filho, me desculpa. Só não quero que guarde isso por mais anos, não é bom. - Disse ele em uma voz baixa, parecia preocupado.
- Eu não tenho mais sentimentos pelo Potter. - Começo mentindo descaradamente. - Já passou e nós nos resolvemos hoje mesmo, iniciamos uma amizade.
- Eu fico muito feliz em ouvir isso, meu filho. - Recebo um beijo de minha mãe.
- Só espero que saiba o que está fazendo. - Meu pai diz e então levanta, saindo da sala com um semblante magoado.
- Dê um tempo pra ele, o homem ainda não consegue entender que seu filho já é adulto e que não precisa mais do seu pai para poder resolver seus problemas. - A mulher ao meu lado tentando confortar.
- Acho que já deu meu horário, mãe. Volto no final de semana. - Deixo um selar em sua testa e ela assente, me dando um olhar tristonho.
Levanto e caminho até a porta de entrada, a abrindo e então saindo do local. Olho a rua, o bairro em que minha família morava era um lugar quieto e trazia uma paz absurda, o que me fez ficar um tempinho alí, parado na frente da casa de meus pais, refletindo.
Sou tirado de meus pensamentos quando ouço o toque de meu celular. Rapidamente o tiro de meu bolso, atendendo uma ligação de um número desconhecido.
- Alô? Quem é?
- Olá, Draco. - A voz de Rony me faz sorrir.
- Como conseguiu meu número? - A pergunta escapou de meus lábios rapidamente,
- Talvez uma garotinha de cabelos ruivos tenha achado nós dois compatíveis demais e então me deu seu número após dizer que queria você como seu tio oficial. - Dou uma risada. Assim que descobriu minha sexualidade, Lily sempre tentava tocar no nome de seu tio, dizendo sobre seus dotes e como ele seria um ótimo par pra mim.
- Realmente interessante saber que a criança que cuido quer me doar para seu tio.
- Lily tem dotes de casamenteira, sabe? - Ele dá uma risadinha gostosa de se ouvir. - Você está ocupado?
- Se conheço bem Lily, acho que você já sabe a resposta. - Ele ri novamente do outro lado da linha.
- Realmente, mas você está com sua família, não queria ser estraga-momentos-familiares.
- Tudo bem, Rony. Sua ligação me distraiu de algo complicado que aconteceu mais cedo. - Confesso.
- Se é assim, aceita ir tomar uma bebida comigo para distrair mais?
Penso que falei com meus pais e sobre a conversa com Potter. Suspiro, ouvindo o outro chamar por meu nome, já que estava a um tempinho sem dizer nada.
- Sim. - Digo, por fim.
- Sim?
- Sim, eu aceito ir beber com você, Rony. - Posso jurar que agora ele tem um daqueles sorrisos galanteadores nos lábios.
- Que ótimo, doce. Prometo que não irá se arrepender.
Sorrio. Espero que ele cumpra com sua promessa, então.
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Ops, estou trabalhando para Harry Potter ! (Drarry)
HumorDraco enfrenta dificuldades financeiras, e o emprego de babá vem como a solução de todos os seus problemas. O problema é que ele acaba reencontrando seu antigo inimigo de escola, e o pior: esse inimigo é o seu novo chefe. --- Capa e personagens não...