Capítulo 12: Conhecimento é poder

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"Então, eu os manipulo como um violino
E eu faço parecer tão fácil
Porque pra cada mentira que conto a eles, eles me contam três
É assim que o mundo funciona"

I Did Something Bad- Taylor Swift

... alguns meses depois

Os últimos meses da vida de Visenya foram marcados por uma rotina quase monótona; ela acordava todas as manhãs, treinava sozinha e passava suas tardes na companhia de Tomme, mesmo que não compartilhasse o gosto dele por costurar, era essa atividade que frequentemente ocupava o tempo deles juntos, além de aprender outras línguas comuns em Essos. Durante esses momentos, Visenya descobriu que, apesar de jovem, Tomme era fluente em mais de dez idiomas, atualmente ela estava se dedicando a aprender Dothraki e Myrish.

Entretanto, algo perturbava Visenya em relação aos seus anfitriões, embora Shae fosse sempre gentil, sua insistência em aprender mais sobre dragões incomodava a princesa; além disso, Visenya tinha curiosidade sobre a religião seguida por Shae e sua mãe, Maela, mas sempre que o assunto surgia, elas pareciam evitar falar sobre isso. Visenya até cogitou a possibilidade de que fossem bruxas, dado o histórico dos Valaryen com magia, seu relacionamento com Maela era instável; às vezes, a matriarca era educada, mas em outras ocasiões, era sarcástica e desconfiada.

Maevon, ao contrário da mãe e da irmã, observava Visenya como se ela fosse um animal raro e interagia raramente com ela, o que a incomodava profundamente. Syrion, por outro lado, aproveitava todas as oportunidades para provocá-la. O único que tratava Visenya com educação era Saegon, mas isso a deixava desconfiada de suas verdadeiras intenções.

Naquele dia, enquanto praticava arqueirismo no pátio externo, Visenya sentiu novamente a sensação de ser observada, e não se surpreendeu ao perceber Maevon à distância. Irritada, ela mirou uma flecha em direção a ele, obrigando-o a se abaixar para evitar ser atingido. Embora surpreso, Maevon ainda riu da situação, o que só aumentou a frustração de Visenya.

— É uma boa mira — Ele comenta sarcástico.

— Vá a um bordel procurar o que fazer e me deixe em paz! — Visenya exclama, saindo do pátio e indo para frente do palácio.

Sua ligação com Morgot nunca esteve mais forte do que no pouco tempo que esteve em Essos, a dragão preta já a esperava no pequeno pátio próximo ao porto, Morgot se alegrou quando viu sua montadora era quase possível ver um sorriso na dragão, ela se abaixou permitindo que Visenya pudesse subir com maior facilidade, as duas levantaram voo, voando livremente pelos céus de Essos sobrevoando a cidade de Myr.

No alto de uma colina isolada, finalmente se sentiu à vontade para desabafar com sua companheira, como fazia com frequência, sentada ao lado do dragão que estava deitada.

— Sinto falta dela Morgot todos os dias, sente falta de Syrax? — A princesa questiona.

Morgot olha para cima soltando um barulhinho de dragão baixo, mas audível.

— Eu sei, mas não podemos voltar para casa não por enquanto, eu preciso de você aqui comigo, tem algo errado, com os Valaryen por que eles nos querem aqui? Como se fossemos realmente especiais, tem algo errado, eu preciso descobrir.

Visenya passou praticamente a tarde inteira conversando sozinha com Morgot, sua leal companheira de escamas, até sentir faminta, obrigando-a a retornar ao castelo. Morgot a deixou no mesmo lugar onde a havia encontrado antes de retornar silenciosamente à sua caverna.

Enquanto caminhava em direção ao seu quarto, mergulhada em seus próprios pensamentos, Visenya foi surpreendida ao ouvir seu nome ser mencionado em uma conversa entre Saegon e Maevon em um escritório com a porta entreaberta. Curiosa e cautelosa, a princesa se aproximou o suficiente para ouvir sem ser detectada.

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